"O poeta deve compreender que a sua poesia tem culpa pela prosa trivial da vida e é bom que o homem da vida saiba que a sua falta de exigência e a falta de seriedade das suas questões vitais respondem pela esterilidade da arte". (Mikhail Bakhtin)
"Nosso discurso, isto é, todos os nossos enunciados (inclusive as obras criadas) é pleno de palavras dos outros, de um grau vário de alteridade ou de assimilabilidade, de um grau vário de aperceptibilidade e de relevância. Essas palavras dos outros trazem consigo a sua expressão, o seu tom valorativo que assimilamos, reelaboramos, e reacentuamos". (Idem)
"(...) a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque, requer um gesto de interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm: requer parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço. (Jorge Larossa).
2 comentários:
Rangel,
Esses por enquanto,falam por mim...
Liberdade.
Passei a vida a cantá-la, mas sempre com a identidade no pensamento, ciente de que é ela o supremo bem do homem.
Nunca podemos ser plenamente livres, mas podemos em todas as circunstâncias ser inteiramente idênticos.
Só que se o preço da liberdade é pesado, o da identidade dobra.
A primeira, pode-nos ser outorgada até por decreto; a outra, é sempre da nossa inteira responsabilidade.
(Miguel Torga in " Diário XVI")
O tempo não é uma medida. Um ano não conta, dez anos não representam nada.
Ser artista não significa contar, é crescer como a árvore que não apressa a sua seiva e resiste, serena, aos grandes ventos da primavera, sem temer que o verão possa não vir.
O verão há de vir. Mas só vem para aqueles que sabem esperar, tão sossegados como se tivessem na frente a eternidade.
(Rainer Maria Rilke)
Um abraço,
Débhora Melo.
OLÁ, COLEGA!
ESTOU VOLTANDO... KKKKK!
E VEJO QUE CADA UM PASSA POR UMA FASE DIFERENTE.
TAMBÉM ESTOU E BEMMMM DIFERENTE DE VCS... KKKK
MAS , TUDO ISSO FAZ PARTE.
"Os moços tão bonitos me doem,
impertinentes como limões novos.
Eu pareço uma atriz em decadência,
mas, como sei disso, o que sou
é uma mulher com um radar poderoso.
Por isso, quando eles não me vêem
como se dissessem: acomoda-te no teu galho,
eu penso: bonitos como potros. Não me servem.
Vou esperar que ganhem indecisão. E espero.
Quando cuidam que não,
estão todos no meu bolso."
(Adélia Prado)
ABRAÇOS A TODOS.
KÁTIA LIMA.
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