26 de junho de 2006

Copa do Mundo

Caro leitor, agradeço Pelo tempo dispensado Sendo leitor de um blógue Você está provocado Prum passeio virtual Como num passeio astral Um cordel internetado. No ano dois mil e seis A Alemanha foi sede De nova Copa do Mundo. E um campeão se mede Somente no seu regresso E pro Brasil ter sucesso Nosso povo sempre pede. Pois o povo brasileiro Não tolera uma pirraça Exige o jogo bonito Espetáculo de graça Como o time de Telê Que nós vimos na tevê Deu show, mas não trouxe a taça. O Brasil foi campeão Cinco vezes, digo pois: Ganhou em cinquenta e oito Ganhou em sessenta e dois E só foi ganhar de novo Dando alegria ao povo Com oito anos depois.

21 de junho de 2006

VIVA O SÃO JUÁ!

"Em Juazeirinho tudo é muito diferente / pois lá o São João da gente / É chamado São Juá" (canção inédita) A abertura do São Juá foi uma experiência nova pra mim. Cantei durante uns 100 minutos sem cansar. A novidade? Não toquei violão. Pela primeira vez realziei uma performance completa no palco sem o meu violão. Me senti um pouco nu, é verdade, mas tudo correu bem, sem nenhum problema. A interação com o público foi excelente e me senti, de fato, em casa cantando prum enorme grupo de amigos. Vi tanta gente conhecida na platéia, gente que foi lá pra me ver, dar uma força. Fiquei sinceramente comovido. Juazeirinho é o lugar. Cantar lá é sempre uma beleza. A banda (O Cangaço, que me acompanhou - com Jorge Ribbas na direção musical e contrabaixo, Nenen Macedo na sanfona, Erivan Ferreira no zabumba, Dimas Xavier no triângulo e geringonça, Giovane Leão na bateria, Gelásio na guitarra e Edmilson Santos no pandeiro/afoxé) fez sua parte com competência e me deixou à vontade pra fazer a minha. A sensação que tive foi que o público gostou bastante. Hoje (21/06) tem Catolé do Rocha. Sexta-feira (23/06) Parque do Povo, em Campina GRande.

19 de junho de 2006

Flávio José no Parque do Povo

Um show quase burocrático do grande forrozeiro Flávio José. Impecável na voz, na banda, no repertório, excelente lembrança de Elino Julião, dois casais de dançarinos bem posicionados e vestidos sem desviar a atenção do principal da festa (a música e o intérprete). Valeu ter ido. Sereno deu uma trégua para um público quase apático. Flávio José agrada a gregos e troianos. Sua performance, sua voz firme (eu diria que a melhor dos forró na atualidade!), seu repertório conhecido de todos. Uma beleza! Sem novidades, mas valeu! O público, este sim ,merece registro: Colocar uma apresentação de Flávio José entre duas "bandas" daquelas é a certeza de preparar o público para as duas bandas. Quem programou não parece entender nada do assunto. Saí antes do final para garantir lugar numa barraca. Os três conhaques depois deram conta de esquentar por dentro. Ô agasalho beleza!

15 de junho de 2006

Parque do Povo

Confirmado! Vou fazer minha estréia no Parque do Povo 2006, como visitante, forrozeiro, quase turista! Amanhã comento o show do Flávio José e minhas impressões sobre a festa.

SÃO JOÃO DE CAMPINA II

A propaganda ufanista do São João de Campina só perde para a da grande mídia em torno da seleção brasileira. Ao menos em relação à seleção já caíram na real. Como disse um jornal argentino: "eles são humanos!" A melhor manchete até hoje, somente pra sacanear com a mídia brasileira. O povo mesmo não entrou nessa. É como se a vitória por 1 x 0 diante da Croácia fosse uma derrota? Que merda! eles comemorando e nossa torcida broxada! Resultado desse clima horrível criado antes da copa. Hoje tem Flávio José no Parque do Povo! Talvez seja o melhor espetáculo (de forró!) do São João. Tentarei ver seu show. Há muito que aprender com ele. Outro que faz acontecer é Zé Ramalho! Sua performance no forró não deixa nada a dever aos "forrozeiros" tradicionais. Com a vantagem do tempero pop/rock/galopístico/psicoldélico. Obs.: O "galopístico" eu inventei agora. Acho Zé Ramalho o melhor intérprete de canções no ritmo do galope, uma espécie de arrasta-pé diferente, com uma batida de contratempo imitando o galope à beira-mar e o galope, de fato, dos cavalos. É como se fosse o frevo do forró. Pode uma comparação dessas? Jorge Ribbas que me salve. Flávio José, tirando a reletição (a lá Roberto Carlos) anual da mesma fórmula de sucessos, é o nosso melhor sucessor forrozeiro (ao menos como intérprete!) pra cantar as alegrias e desalegrias do povo nordestino.

CRIANDO TEMPO

Realmente, o tempo tanto pode ser visto como uma abstração ou como algo que está por existir, pra ser criado. Os últimos três dias foram de intensa atividade de trabalho e somente tive condições de cuidar um pouco das articulações para cantar no São João de Campina, versão 2006. Diz o coordenador de eventos da prefeitura que cantarei dia 23, véspera de São João. Será prêmio ou castigo? Veremos! A Copa do Mundo começou. Morna, insossa, sem graça até mesmo no jogo da Seleção brasileira. A grande mídia criou um clima de endeusamento do nosso selecionado e parece que pesou na cabeça dos nossos atletas. Com raríssimas exceções, a atuação do conjunto foi sofrível e só vencemos o jogo pelo peso da camisa e a qualidade inferior do time da Croácia. Resolvi escrever um CORDEL DA COPA. A partir de hoje publicarei a história da participação do brasil na COPA DA ALEMANHA, em cordel, neste blog. A cada jogo da seleção brasileira farei novos versos, no estilo das tradicionais narrativas do folheto de cordel, como uma epopéia do selecionado brasileiro na disputa com mais 31 nações do mundo. Veremos!

11 de junho de 2006

Segundo dia de São João

Na primeira noite não fui por falta de atrativos. Tirando Ton Oliveira, nada tinha pra ver lá que valesse a pena. Jairo Madruga cantando (desafinad0) "Olha pro céu, meu amor", fogos, discursos politiqueiros, bebida muita (estou tratando uma rinite alérgica e não poderei beber até o dia da estréia do Brasil na copa - 13/06. Nesta segunda noite não fui novamente por falta de ânimo. Depois de um dia em Toritama acompanhando minha amada e minha cumade Betânia Lúcia em compras, chegando à noitinha, cuidando de Vinícius um bom tempo e ainda os motivos do dia anterior, nada melhor que cair nos braços de Morfeu, mortinho de cansaço e zzzzzzzzzzz... ronc... ronc...ronc... Ledo engano! A noite foi um aperreio, de dor no estômago e quase insônia. Acho que o guaraná com açaí que tomei em Toritama, mais a coca-cola com pizza às 22h, ajudaram. Resultado: pleno domingo, brincando com Vinícius (que deu uma pequena trégua no cercadinho!) e vim pra cá. Meu futuro hoje: feira de dona Neide e minha, ensaio pro São João com o maestro Jorge Ribas, almoço na casa de minha mãe, cochilo depois do almoço, jogos da copa (muito sem graça!) e findou-se o dia. Amanhã é segunda-feira. Começa tudo outra vez.

Começou o São João

Começou o São João de Campina. Ainda com a pompa de "O Maior São João do Mundo", agora com o que os organizadores consideram uma "inovação" no título: "O maior são joão é campeão do mundo".Aumentou o nome, ficou mais complicado, virou um enorme frase, ruim como marca, pode ser uma furada, parece azarar contra o Brasil. Propaganda ufanista de torcida organizada.Pra mim, um tiro no pé!Nada de novo partindo das mesmas fontes que não têm como preocupação central a cultura e o turismo a esta vinculado no São João de Campina Grande.Parece coisa de amadores ou gente muito esperta e mal intencionada.