10 de junho de 2014

MANOEL MONTEIRO

A noticia do desaparecimento do Poeta Manoel Monteiro me deixou com aquele nó na garganta.

Compartilhei numa rede social a informação, com um banner, ainda na esperança de que algo de positivo acontecesse. Uma voz interior dizia que algo de muito errado estaria acontecendo e, nestas horas, um cético engole seco e torce para que o mais temível não tenha acontecido. Torcer aqui é pura força de expressão.

A noticia da sua morte provocou um enorme vazio e a sua viagem épica deixa uma enorme interrogação pra todos nós que gozamos do privilégio de sua convivência alegre e de sua grandeza humana e poética.

Dizer agora que Monteiro era um dos melhores, o melhor, o maior, o mais isso ou aquilo é chover no molhado.

Digo apenas que ele vai fazer uma falta imensa, deixa uma dor danada no coração de muito gente que lhe quer bem, que o admira e que conhecendo os seus tantos predicados valorosos, sempre se pergunta: por que tem que ser assim?

Ele escolheu assim!

Prefiro acreditar, como disse um poeta amigo, que ele escreveu o seu último roteiro, indicou o tema e o enredo completo (cinematográfico) do seu último cordel, já que ele mesmo não poderia escrevê-lo resolveu viver a história e deixar que outros a contem.

Não quis ser o escritor dessa história, mas simplesmente seu protagonista e personagem principal e personagem único e humanamente ativo.

Não adiantou ir embora, pois ficará pra sempre entre nos, na história da poesia popular brasileira, nordestina, paraibana, Campinense.
Nem deu tempo de abraçar ninguém, despedir de ninguém, avisar ninguém...
Fiquemos nós com estas interrogações enormes destas coisas insondáveis da vida humana.
Salve, Manoel Monteiro!

Presente!