15 de abril de 2009

VIDA QUE SEGUE... NA BOA!

Viajei de Campina Grande-PB, onde resido e trabalho. (Descobri há poucos dias, com minha sócia-assessora jurídica-parceira-namorada, que resido lá e moro no Rio de Janeiro, isso do ponto de vista legal). Na verdade sou um morador das estrelas, das noites frias e chuvosas, dos papéis amarrotados pelo tempo, dos sonhos e sons de um plangente violão. Das praias todas que conheci e por onde andei, somente algumas poucas me atraíram de verdade para um banho (mais que a maioria) pois destas (a maioria nas cidades) ainda prefiro as barracas e com gente por perto ao redor de uma mesinha. Sou assim mesmo, um sujeito que ainda se emociona com cheiro de terra molhada, com passarinho cantando, com um carrinho de brinquedo que um moleque chamado Vinícius (de 3 anos e meio) ia escondendo em minha mala e quando a Mãe dando flagrante perguntou em que ele estava mexendo falou com a 'mais maior das inocências' do mundo: - É pra Papai brincar lá no Rio! Como não chorar? Se fosse sair todas as noites aqui em Copacabana pra fazer uma das coisas de que mais gosto seria obrigado a largar o doutorado em educação que faço na UERJ, na porta do Maracanã, onde já experimentei a explosão de alegria e saída sorumbática em jogos do meu Fluminense. Fosse pelas pessoas legais (gente fina de verdade) que já conheci aqui em um mês eu teria que me dividir pro resto da vida entre Campina e Rio. Vim pra ser estudante em tempo integral e vou cumprir meu desiderato. Desde que vim de Fortaleza em finais de 2003 (após dois anos de estudos abandonados) e me entranhei na política da UEPB, assumindo minhas funções docentes e outras administrativas, sentia que tinha esta dívida comigo mesmo e com a instituição que faz parte da minha vida desde o ano de 1981, quando lá entrei pra estudar Psicologia (vindo de Juazeirinho, minha terra querida e da qual tanto falo) e depois de 1988 na condição de professor. Desde que inventei de fabricar um instrumento musical lá pelos 9 anos de idade que descobri que a música seria parte definitiva na minha vida. Uma notícia em primeira mão: CAPILÉ vai gravar um xote de minha autoria nos próximos dias. Outra notícia: dia 12 de maio faço show (seria um pocket show, como dizem) no Picanha 200, que será gravado e depois exibido pela TV Itararé, parte do Projeto AUTORAL, com mais uma dezena de compositores da região. De tanto esperar a liberação dos recursos do Projeto do FIC Estadual, aprovado em 2008, talvez este termine sendo "meu primeiro DVD". Não é piada! Planejo gravar um DVD ao vivo e um CD com 12 faixas, sendo 10 inéditas. Se a vida deixar, ainda em 2009. Veremos! Já levei tantos baques e me ergui depois de todos eles, mesmo ficando tantas cicatrizes. Elas não incomodam, mas estão aqui pra lembrar de continuar tentando, errando, caindo, levantando, acertando, sorrindo, chorando, sendo feliz por uns bons momentos, menos feliz em outros. Essa profissão de sonhador só combina mesmo com a de caçador de arco-íris. Vida que segue!

3 comentários:

Unknown disse...

Maravilha, cangaceiro velho de guerra! Quase chorei com a história do carrinho! Ê beleza. Tome uma por mim. abraços,
Paulo

RANGEL JUNIOR disse...

VOCÊ É DOS GRANDES, MEU POETA DO CORAÇÃO DO TAMANHO DO MUNDO.
Quantas e quantas vezes não vi seus olhos marejados por uma lembrança, uma palavra, um ato???
Você, com sua arte e sua vida, enfeita melhor esse mundão tão doido!

KÁTIA LIMA disse...

LI TUDO, SEI UM TANTINHO DE VOCÊ E ME EMOCIONEI COM AS PALAVRAS POÉTICAMENTE BEM COLOCADAS.
BRAVO RANGEL JUNIOR, VOCÊ É "O CARA".



ABRAÇOS A TODOS.