Em 1564, depois da adoção do calendário gregoriano, o rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 1 de janeiro. Alguns franceses resistiram à mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 1 de abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries.
Em países de língua inglesa o dia da mentira costuma ser conhecido como April Fool's Day ou Dia dos Tolos, na Itália e na França ele é chamado respectivamente pesce d'aprile e poisson d'avril, o que significa literalmente "peixe de abril".
No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente".
Hoje, uma fantástica figura humana que conheci desde tenra idade completaria 46 anos. Isso se a Dona Morte não a tivesse levado lá pelos idos de 1982. Provavelmente, a única pessoa que conheci aniversariando na data. Chamava-se Carmen Verônica de Araújo Barbosa, por quem nutri fervoroso afeto, sentimento imortal e atemporal.
Mas a data remete às brincadeiras de sempre, como a bandalheira do PSDB no Congresso Nacional, senhores circunspectos e de moralidade duvidosa, instalaram uma coisa chamada "mentirômetro", em alusão ao governo do Presidente Lula.
Fizemos muita onda com essa história de Primeiro de Abril e ainda hoje, vez por outra me deparo com amigos e amigas tirando sarro da cara de alguém pego em flagrande chacota com algo estapafúrdio em que se tenta fazer acreditar para depois confessar: Primeiro de Abril. Por isso, antes que alguém imagine que é "coisa de brasileiro", registrei a informação.
O que mais me chamou a atenção nos últimos dias foi uma belíssima peça de propaganda da SKY no rádio, minha mídia preferida. O "causo" é mais ou menos assim:
Um casal entra no motel e ela vai dizendo: "Alfredinho, você me trouxe num motel, seu safado! Devagar! É a minha primeira vez"!
Ele, empolgado (coisa de machos), como se não houvesse escutado nada, aciona o controle remoto da TV e exclama bem alto: "Olha aó! A TV tem Sky!" Tem isso, tem aquilo, tem "até tabela do brasileirão!".
A moça contesta automaticamente: "Ah, Alfredinho! Você quer que eu acredite que você nunca viu uma TV com Sky antes?"
Daí, ele, todo indignado, responde com deboche: "Ué? Você quer que eu acredite que é a sua primeira vez...!" E aí entra o locutor falando das vantagens de assinar a sky e coisa e tal.
São assim essas pequenas mentiras sinceras que dão uma espécie de colorido especial a todas as formas de relacionamento. E quando se trata deste tipo, os "atores sociais" esbanjam firulas e cascatas na tentativa de fazer crer ao outro que se é algo diferente do que se é! Melhor!
Sei não, mas ainda acho que o mundo da verdade e da sinceridade plenas (num sentido mais radical da expressão, como aquele sujeito do programa da Globo...) é "conversa pra boi dormir", se é que boi dorme assim!
Como o Brasil já está vencendo o Peru por 3 X 0, tornou-se melhor ocupar o tempo "refletindo" sobre essas abobrinhas.
Quem quiser que arrisque "atirar a primeira pedra"! Eu, hein!
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