Permito-me ao mundo
E nele toco.
Virtudes e vícios.
Menino, quero dele apropriar-me
Pelos sentidos
E nessa aventura
Já tive dedos queimados,
Pequenos choques elétricos,
Provei do gosto amargo,
De coisas que não queria
E sabores inesquecíveis.
Toquei em flores, espinhos,
Rostos de crianças, pele macia.
Escutei a maravilhosa música do mundo.
E o mundo sorri pra mim.
Às vezes escancara numa gargalhada...
Afinal, ao me permitir pra ele
Recebo de volta generosamente
Sua contrapartida.
Em parceria com ele
Sigo arriscando.
Vivo o mundo como se fosse meu,
Penetro cada brecha aberta
E quando ela não existe eu a faço.
Melhor que falar mal do mundo
É tocar nele
Como gente,
Como parte dele,
Como menino
Brincando de gente grande.
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