Elba já é uma verdadeira legenda. É uma cantora que atravessa gerações, atemporal e eu diria sem tietagem alguma, já está eternizada na história da música brasileira.
Já fui a vários show de Elba, inclusive o último que ela havia feito no TMSC, voz & violão, em comemoração aos 40 anos do teatro. Este superou todos os outros. Foi algo próximo da apoteose. Os fãs se deleitaram e a emoção tomou conta da platéia. Eu, que sou reconhecidamente contido nestes assuntos, entrei na onda e me deixei levar pela magia da música, da voz, da ginga, da luz, da verdadeira interpretação que vai além do simples cantar. Elba é grande e engrandece a Paraíba e Campina, sempre.Palavras e imagens. Impressões e olhares sobre o mundo e as relações. Um pouco de cada coisa: educação, universidade, cultura, arte, política, gente...até poesia e outras formas de escrita.
16 de outubro de 2008
UM SHOW PARA A HISTÓRIA
Maíra, Ceceu, Eu e Antonio Barros. Somente por esta foto já teria valido a pena ter ido ao Teatro Severino Cabral na noite de sexta-feira, dia 10 de outubro de 2008. A tietagem rolou solta e eu quase ficava bem à vontade. Já havia dividido espaço de trio elétrico com Maíra, há alguns anos numa Micarande, participado de reunião com Ceceu em João Pessoa, encontrado Antonio Barros na rua, mas no Teatro, num dia de show, eles todos muito à vontade... não deu outra.
Sou assumidamente influenciado por Antonio Barros e já tive oportunidade de assumir isso em entrevistas. Um dia me perguntaram sobre a influência de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro na minha música e eu respondi numa boa: "influência mesmo eu acho que recebi de Antonio Barros", pra mim um dos maiores compositores da música brasileira de inspiração nordestina, ombreado por Onildo Almeida, João Silva, Humberto Teixeira, Zedantas e mais alguns poucos deste naipe.
Agora, tietagem mesmo foi ir ao camarim da estrela da noite e tirar fotos, pedir autógrafo e lhe oferecer um CD com minhas canções. Sempre fui extremamente encabulado pra isso, mas o deslumbramento com o show me deu coragem. Não resisti e esperei o necessário pra ir até lá e obter o troféu.
Elba, depois de 2 horas e 20 minutos de show, ainda teve paciência pra tomar uma ducha, trocar de roupa e receber um a um os apaixonados que queriam um autógrafo, uma foto, um gostinho de fciar perto daquela que é herda com grande tranquilidade o legado musical de Marinês. Sem exageros, foi essa a impressão que tive ao sair do Teatro Municipal Severino Cabral, da Rainha da Borborema, naquela noite.
Uma cantora que pode ser considerada já veterana (mais de meio século de idade e uns 30 de carreira), uma maturidade musical e pessoal de fazer repercutir pelo mundo afora como um exemplo de vida.
Elba trouxe uma banda 'enxuta' e competente e estava realmente em noite inspiradíssima. Falou de sua trajetória em Campina, naquele palco onde tudo começou, das pessoas, contou lorotas, sorriu à vontade, interrompeu o show várias vezes pra contar causos e lembrar episódios pitorescos da sua vida na cidade. Voltou para um bis de uns 15 minutos e deixou claro pro teatro superlotado o prazer que sentia em estar ali.
Quem está acostumado a ver show de Elba em palco de rua, milhares de pessoas bebendo e conversando, circulando, cenas comuns nestas ocasiões, deve ter se deslumbrado com a performance da paraibana de Conceição.
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