Olhando daqui de cima não há como assegurar que seja feriado hoje. O movimento próximo à praia é enorme por conta do evento de 'conquista' do Comitê Olímpico Internacional para a olimpíada de 2016 no Rio. Acontece tudo no Copacabana Palace e na área em frente, na praia. É um fuzuê só.
Por aqui, lojas, bares, restaurantes, bodegas (isso mesmo, por aqui ainda há algumas bodegas de verdade), a aparência é de que a cidade não parou no Dia do Trabalhador.
Antigamente usavam Dia do Trabalho e, com muita luta política no campo das idéias, as grandes centrais sindicais e as esquerdas em geral conseguiram ganhar a luta ideológica e já se usa à quase unanimidade a expressão Dia do Trabalhador. Não considero apenas um detalhe.
Engraçado, sempre no primeiro de Maio, além das grandes manifestações e passeatas que fazíamos em Campina Grande nos anos 80 e 90, lembro demais do Ayrton Senna, que foi o último esportista brasileiro individual por quem torci, vibrei muito e sofri também com sua morte. Assisti a tudo no dia de sua última corrida e costumava acordar no meio da noite pra não perder nenhuma. Depois dele, pra imensa maioria de nós brasileiros, a F1 perdeu muito da graça e do interesse mesmo, em termos de competitividade.
De qualquer forma, a referência ao dia de hoje é pra lembrar e registrar que acredito no trabalho ainda como a única forma real de realização humana mais perene. Aliás, acredito na tese de que a humanização do homem se deu pelo trabalho. O problema ainda é a exploração contra a qual mantenho firme minha coragem de lutar e mudar.
Não vejo outra forma de transformação radical do mundo, do ponto de vista das relações de produção, sem que seja pela intensificação da luta. Quanto mais as crises se desenham no horizonte capitalista, mais notória fica a necessidade de transformação do sistema, não pela via de sua impossível humanização, mas pela evolução da sociedade para uma outra sociabilidade, onde o trabalho seja fonte de realização e sentido para todos, em vez de fonte de enriquecimento para uns.
Tenho dito!
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