Palavras e imagens. Impressões e olhares sobre o mundo e as relações. Um pouco de cada coisa: educação, universidade, cultura, arte, política, gente...até poesia e outras formas de escrita.
29 de maio de 2009
SE RAIMUNDO SOUBESSE LER... E FOSSE MAIS PACIENTE...
27 de maio de 2009
É BONITA, É BONITA E É BONITA
25 de maio de 2009
NO RETORNO... UMA LINDA CANÇÃO
21 de maio de 2009
QUEM SABE
A cantora Sandra Belê gravou recentemente duas composições de minha autoria: Só de Escutar a Tua Voz e Do Céu ao Paraíso. Vou disponibilizá-las no palcomp3, com a sua interpretação, claro, tão logo tenha um tempinho.
POR ENQUANTO, EIS A LETRA DE "QUEM SABE", LANÇADA NO SHOW AUTORAL, DIA 12 DE MAIO.
"quem sabe a gente ‘inda se encontra
sem medo, sem fazer conta
do que o povo diz.
quem sabe a vida num sorriso
nos mostrando o paraíso
deixe a gente ser feliz
quem sabe a gente de mansinho
voe como passarinho
sem ter antes nem depois
quem sabe aquele amor tão puro
emprenhado de futuro
dê um tempo pra nós dois.
quem sabe uma chuva benfazeja
determine essa peleja
do sonho com a lembrança
quem sabe a gente esqueça tudo
seu olhar me deixe mudo
mas acenda a esperança
quem sabe um beijo aconteça
esse amor somente cresça
e a gente volte a ser criança!"
É ISSO! P.S. Por hoje é só, pois tenho um dia pleno de atividades até o início da noite. Não sei do meu estado no retorno, principalmente depois de duas noites de "peias" seguidas: uma no meu Campinense na terça, em pleno Amigão e outra ontem à noite no Tricolor, no Maracanã. E eu estava lá... Fiz minha parte!
20 de maio de 2009
FAZ 21 ANOS, MAS PARECE QUE FOI ONTEM
SHOW AUTORAL
17 de maio de 2009
TIETAGEM HOLLYWOODIANA DOMINICAL POR ACIDENTE
15 de maio de 2009
SOBRE AMIGOS E TAMANDUÁS
PONTO COM
14 de maio de 2009
PORQUE O INSTANTE EXISTE
“Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa
Não sou alegre nem sou triste...”
Cacília Meireles
Um clima quase de festa foi o que encontrei ao adentrar o Picanha 200, restaurante tradicionalmente vinculado aos cantores, compositores e músicos campinenses, ponto de encontro carimbado de alguns tantos outros artistas como Capilé, Shaolin, Dimas Xavier, Pepysho Neto, Daera... que sentem-se em casa na presença de Napy, o proprietário.
Noite de terça-feira, casa não lotada mas com aquilo que se poderia chamar de 'quorum altamente qualificado', amigos para todos os lados, Camilla e Vinícius (que ainda cantou Florbela de longe) e algumas autoridades artísticas (como Shaolin e Capilé) que foram lá 'pra me ver'. Uma honra enorme. Sem contar que, numa terça-feira à noite, muitos amigos (principalmente da UEPB) fizeram um verdadeiro sacrifício por conta do necessário acordar cedo no dia seguinte.
Subo ao palco quase à meia-noite (o que considero um desrespeito para a maioria das pessoas que acreditava que isso acontecesse no máximo às 23h) e, depois de alguns entreveros com o sistema de som, quando tive que tecer comentários loroteados pra entreter o público contra a chatice dos testes de som, inicio os primeiros acordes de Madeira de Lei.
Doze canções ao todo, incluindo as inéditas Quem Sabe, Trindade do Forró e Menina Bonita, esta última já gravada pelo baiano Flávio Baião. Samba acompanhado de Violão, Cavaquinho, baixo, sanfona, zabumba e triângulo.
Como anunciei, foi meu primeiro show do ano na cidade e, provavelmente, o penúltimo. Deverei cantar apenas em Novembro quando da gravação do DVD, se assim o governo do Estado me permitir, liberando os recursos do "Projeto Nordestino Brasileiro", aprovado desde 2008 no FIC.
Oswaldo e equipe da TV Itararé, jornalistas Arão de Azevedo (com a sócia conjugal), Flávio Petrônio e amigos; Turma de professores de Psicologia e do CCBS inteiro, incluindo Eduardo e Railda, que serão os futuros diretores do Centro, Célia Regina (com Ítalo) e Elza (da PROAD), Pereira (da PRRH) e ainda Marcionila (da PRPGP, que "assinou o ponto"); Zé de Cazuza e Núbia; Sabino Rolim e Gerusa (uma exceção considerável pra uma terça-feira); Juarez Fernandes e Jota Gil, do CCT; até Loiola e Henry Guerra (ex-violinista de sucesso e agora Luthier de sucesso); Um montão de gente que sei estava doida pra ir, mas não podia, mais um montão de gente que, mesmo sendo injusto em não citar nome a nome aqui, estava lá pra curtir. Presença garantida de Hipólito Lucena, que além de apoiador permanente ainda deu uma canja no registro integral em vídeo. A lista é enorme. Brito e Sônia, Deise & Cia, Renato Kilpp, Laércia com amigos...
Teve até pedido de bis e achei que foi honesto, não pra fazer "média com o amigo". Empolgado ainda cantei mais duas, sendo uma inédita (sem ensaiar).
Noite muito especial. Comigo no palco: Jorge Ribbas (viola e cavaquinho, além da direção musical), Nenen Macedo (sanfona), Hélio Vigolvino (excelente novidade no contrabaixo), Dimas Xavier (triângulo e geringonça) e Erivan Ferreira (zabumba).
Um registro especial pro show que antecedeu ao meu, com Fidélia Cassandra. Um show autoral, intimista e poético ao extremo, como sempre faz a poetisa, compositora e cantora.
Daqui a uns dias publico vídeo no youtube e aqui no blog, além de fotos registradas por Paizinha, grande raposeira.
Se cantar é bom, cantar pra muita gente que escuta, presta a atenção e ainda cantar pra muitos amigos não tem preço. Uma alegria e felicidade só. Saí de lá todo ancho. Dormi o sono dos justos!
12 de maio de 2009
REENCONTROS E AGENDA CHEIA
10 de maio de 2009
MÃES E FILHOS
7 de maio de 2009
ONDE E COMO TUDO COMEÇOU
6 de maio de 2009
CARTAS
ADIANDO POSTAGEM
4 de maio de 2009
EU COMECEI A BRINCADEIRA
3 de maio de 2009
BOTIJA, SONHOS E MENINICE
Eu era ainda mais menino e ouvia muito sobre achamento e desenterro de botijas. Histórias de fortunas e encantamento, de decepção e tristezas. A bem da verdade, uma botijazinha até que não faria mal a ninguém, principalmente aos menos favorecidos pela sorte. Mas, ora, se o sujeito já é desfavorecido pela sorte, como iria, logo ele, ganhar um presentão desses?
Pra ter sucesso com uma botija é preciso seguir algumas regras: primeiro, como é sabida de todos a dificuldade do ser humano em guardar segredos, não contar nada pra ninguém sobre a visita do sujeito que já 'passou dessa pra melhor' e o escolheu como felizardo ganhador de um tesouro, é condição fundamental para assegurar que a botija esteja inteirinha lá onde ele indicou; segundo, para desafiar aquilo que é uma fraqueza e a garantia de sobrevivência da espécie, não sentir medo, nem que o capiroto apareça na hora em meio à escuridão, pois a botija deve ser desenterrada à meia-noite; terceiro, como a maioria dos seres humanos é terrivelmente apegada àquilo que constrói ou ao seu lugar, depois de arrancá-la do chão o indivíduo deve juntar suas coisas, pegar o tesouro e partir pra outro lugar, haja o que houver.
Caso essas requisitos não sejam rigorosamente cumpridos há grande chance de o sujeito ver o seu rico tesouro esfumaçar-se no ar ou então, ao desenterrá-lo, encontrar apenas um pote ou baú repleto de tralhas como cachimbos, arremedos de passarinhos, chaves velhas, cacos de panelas, pedaços de papel amarrotados de fiado de bodega, anzóis enferrujados, grandes botões de vestido ou de paletó, carretéis sem linha, corrimboques cheios de rapé, mechas de cabelo...
Nunca conheci alguém que tivesse recebido uma botija e ficado rico, mas é claro que se tivesse conhecido era porque a coisa não funciona do jeito que dizem. Há que se guardar o segredo por toda vida. O 'segredo' do segredo eu vou contar: a botija foi enterrada por alguém, provavelmente avarento ou muito precavido, que juntou aquela fortuna às escondidas, num tempo em que as mulheres nem sonhavam quais as posses do marido, tão-pouco onde ele as escondia; também num tempo que que não havia caderneta de poupança, o único banco era o BB e ainda somente nas capitais.
Quando o sujeito ia juntando um bom bocado em moedas de ouro, prata e cobre, algumas jóias ou pedras preciosas e aparecia um momento de turbulência política, com medo de perder as economias, ele botava tudo num pote de barro ou baú de madeira de lei, ia lá no meio do mato, enterrava tudo às escondidas e traçava um breve mapa mental para que somente ele pudesse resgatá-lo depois. Alguns morriam antes e por não terem tido tempo de avisar à família ficavam como almas penadas, atormentadas por aquele segredo até que algum escolhido para ser o felizardo desenterrador da botija o faça conforme as regras e só então aquela alma sofrida haverá de descansar. Dizem que muitos fazendeiros, donos de engenhos e até cangaceiros de Lampião se valeram dessa tradição e ainda há muita botija espalhada por esse sertão sem fim esperando por um 'escolhido' corajoso que faça a coisa certa e liberte aquelas almas penadas do sofrimento.
Vez por outra me pego matutando em quão curta é a vida pra gente realizar tantos projetos; isso pra quem sonha além da conta e vive com a cabeça nas estrelas, mesmo com os pés fincados no chão. Tenho pensado em preparar uma botija com alguns pedaços de canções, trechos de poemas, contos nunca concluídos, sinopses de romances que nunca começaram, roteiros de filmes, pequenos solos de violão com melodias incompletas e um pedaço do meu coração pra ver se um dia... vai que eu 'passe dessa pra melhor' (?) de forma repentina e já teria ao menos a possibilidade de fazer a curiosidade de algum lunático que, acreditando em botijas, possa transformar tudo isso depois em algo que, se não vier a ser um tesouro, ao menos poderá provocar um turbilhão de sentimentos que podem até aliviar algumas dores do mundo; quem sabe até fazer alguém sorrir...
2 de maio de 2009
1001 DISCOS PARA OUVIR ANTES DE MORRER
Segundo sinopse de divulgação, “abrangendo desde as origens do rock ‘n’ roll nos anos 50 aos mais recentes sucessos, este livro vai guiar você por diferentes tendências sonoras e mostrar o poder que a música tem de representar as aspirações e os sentimentos de toda uma geração”.
Afirma ainda que “embora grande parte do livro seja dedicada ao rock e ao pop, há também dezenas de boas indicações de jazz, blues, punk, heavy metal, disco, soul, hip-hop, música experimental, world music, dance e muitos outros estilos”.
Quem me conhece sabe da minha paixão pela música brasileira, mas também sabe que não sou xenófobo ou preconceituoso. Minhas primeiras idéias e ensaios de composição musical foram a partir de músicas internacionais de sucesso no rádio, lá pelos anos 70 quando eu, ainda criança, gostava de inventar letras em português (como paródias) para canções que eu achava belíssimas (é o poder da música), mas não entendia patavina do que se dizia. Aliás, da mesma forma, continuo entendendo muito pouco.
Há um site onde os citados 1001 discos estão disponíveis pra baixar em seu computador. Como sou curioso e gosto de exercitar sobre o assunto, já baixei mais de 60 títulos e confesso que tenho 'pano pras mangas' por um bom tempo.
Quem desejar conhecer, não precisa fazer nem cadastro para baixar os discos completos. Algum interesse pessoal sobre algum disco e eu posso enviar numa boa. Seria uma espécie de 'serviço' em forma de gentileza pelo carinho da presença e da visita nesta minha 'casa virtual'.
Andei ouvindo alguns dos anos 60, Bob Dylan, The Beach Boys e Beatles, assim como muita coisa, pra mim totalmente nova, dos anos 50 que me deixaram maravilhado. É uma 'viagem'!
1 de maio de 2009
DIA DO TRABALHO?
Olhando daqui de cima não há como assegurar que seja feriado hoje. O movimento próximo à praia é enorme por conta do evento de 'conquista' do Comitê Olímpico Internacional para a olimpíada de 2016 no Rio. Acontece tudo no Copacabana Palace e na área em frente, na praia. É um fuzuê só.
Por aqui, lojas, bares, restaurantes, bodegas (isso mesmo, por aqui ainda há algumas bodegas de verdade), a aparência é de que a cidade não parou no Dia do Trabalhador.
Antigamente usavam Dia do Trabalho e, com muita luta política no campo das idéias, as grandes centrais sindicais e as esquerdas em geral conseguiram ganhar a luta ideológica e já se usa à quase unanimidade a expressão Dia do Trabalhador. Não considero apenas um detalhe.
Engraçado, sempre no primeiro de Maio, além das grandes manifestações e passeatas que fazíamos em Campina Grande nos anos 80 e 90, lembro demais do Ayrton Senna, que foi o último esportista brasileiro individual por quem torci, vibrei muito e sofri também com sua morte. Assisti a tudo no dia de sua última corrida e costumava acordar no meio da noite pra não perder nenhuma. Depois dele, pra imensa maioria de nós brasileiros, a F1 perdeu muito da graça e do interesse mesmo, em termos de competitividade.
De qualquer forma, a referência ao dia de hoje é pra lembrar e registrar que acredito no trabalho ainda como a única forma real de realização humana mais perene. Aliás, acredito na tese de que a humanização do homem se deu pelo trabalho. O problema ainda é a exploração contra a qual mantenho firme minha coragem de lutar e mudar.
Não vejo outra forma de transformação radical do mundo, do ponto de vista das relações de produção, sem que seja pela intensificação da luta. Quanto mais as crises se desenham no horizonte capitalista, mais notória fica a necessidade de transformação do sistema, não pela via de sua impossível humanização, mas pela evolução da sociedade para uma outra sociabilidade, onde o trabalho seja fonte de realização e sentido para todos, em vez de fonte de enriquecimento para uns.
Tenho dito!