31 de dezembro de 2008

AMANHÃ SERÁ 2009

Amanhã haverá flores em seu jardim. Amanhã os frutos no seu quintal serão doces. Amanhã você receberá muitas visitas de amigos. Amanhã você terá muita saúde e afagos dos seus filhos. Amanhã o mundo lhe sorrirá e você será bem mais feliz que hoje. Amanhã tudo poderá acontecer. Porém, amanhã, infelizmente, ainda não existe. Você terá que construí-lo pacientemente. Precisará do adubo da perseverança, Da preciosa água da vida para a rega cotidiana, Da necessária luz da esperança que traz energia, Do amor incondicional e da experiência do perdão, Da fé na vida e no que você é capaz de REALIZAR. Tente o imponderável. Busque o aparentemente impossível. Tente, escrupulosamente, transformar seus sonhos em coisa real. Um Ano Novo bem novinho pra você e os seus. É o que desejo de coração. P.S. Por uns dias estou totalmente off-line. Opção consciente. Retorno no dia 07 de janeiro de 2009.

21 de dezembro de 2008

EU TE AMO! SUSSURADO É MAIS GOSTOSO!

Caminhada domingueira, 7,5 km, em horário mais tardio. Carro devidamente lavado e retorno ao lar. Encontro meu quarto ainda com penumbra de janelas fechadas e um molequinho deitado vendo seu preferido da atualidade: Batman antigo (daqueles dos anos 60-70 em que o som das pancadas era traduzido na tela em onomatopéias estrondosas), que Vinícius chama de "Batman de verdade". O bom-dia matinal vigoroso, beijos distribuídos com cuidado de quem não quer molhar o outro de suor e quando vou saindo do quarto, um chamado: - Papai, papai, venha cá! E eu pergunto: - o quê? Ele responde textualmente: - Venha aqui mais perto! Me aproximo e ele me puxa pra junto de si e sussurra ao meu ouvido, como se fosse a coisa mais natural do mundo: EU TE AMO! Não há dinheiro que pague. O sorrisão se espalha pelo corpo inteiro e meu domingo fica mais feliz. Mais uma música nasceu hoje!

19 de dezembro de 2008

ELEIÇÃO

Encontrei esta na internet. Como considerei uma 'pérola' decidi organizar, lapidar um pouco e socializar o conhecimento. ficou assim! Veja a síntese. "Eleição é um processo público, democrático e participativo de escolha do governante em que o candidato pede dinheiro aos ricos para comprar o voto dos pobres e promete a ambos que vai proteger um do outro".

18 de dezembro de 2008

FARINHA NO PIRÃO

Há aproximadamente um mês e meio eu escrevia aqui no blog que era cedo para antecipar quaisquer decisões da corte superior eleitoral do Brasil em relação ao julgamento do governador da Paraíba. Naquele momento eu aconselhava a suspender a compra de fogos e chope de um lado e a compra de lexotan e lenços descartáveis de outro lado. Dizia que era melhor esperar os fatos se manifestarem. Ontem à noite, dia 17 de dezembro de 2008, alguns ministros do TSE puseram mais farinha no pirão e a coisa encaroçou de vez. Encaroçou pricipalmente pros apressados que já estavam de colher na mão prontos pra comer o pirão ainda quentinho, saído da panela. Ou, de outra forma, terno novo engomado e vestidos e cabelos já arrumados pras solenidades. Continuo com a mesma opinião. Ainda há um certo volume d'água pra passar debaixo dessa pinguela.

16 de dezembro de 2008

UMA ESTACA, UMA FORQUILHA E UMA RODA

Se você imaginar estes três símbolos representados no papel verá claramente três letras que comporão o nome IVO. Foi dessa forma que, inteligentemente, Antonio Ivo fez sua primeira campanha para deputado estadual na Paraíba, ensinando analfabetos, ou semi, a votar. Mais precisamene entre o Vale do Sabugi e o cariri paraibano. Sou dsse tempo, em que ainda se votava escrevendo o nome ou o número do candidato no papel. Era ainda adolescente quando via os comícios aquele médico simpático e bem apessoado (porque naquela época, um homem que se prezasse não deveria dizer que outro homem era bonitão, mas bem-apessoado, no máximo), que causava certo frisson no mulherio, que tinha um discurso envolvente e um jeito muito bacana de se relacionar com as pessoas. Lembro de Antonio Ivo em Juazeirinho, numa cozinha qualquer tomando café, recostado num balcão e batendo um papo alegre com algumas 'comadres'. Não sei se a cozinha era da casa de Chico de Arlindo, se era de Aluízio, se era na casa de minha mãe... mas lembro desse detalhe. Era médico no hospital municipal e foi o mais votado na cidade numa eleição de não sei que ano. Tudo bem que foi com o apoio dos 'marinheiros', mas foi talvez o candidato 'mais leve' que eles apresentaram à cidade em todos os tempos. Tive contato pessoal com ele uma meia duzia de vezes depois disso. Creio que uma vez em sua casa em Santa Luzia, com Marlene, pra defender pleitos da UEPB; uma vez em sua casa em João Pessoa, se não me falha a memória, em Manaíra; umas vezes na Assembléia Legislativa; uma ou outra vez em algum evento. O mesmo sujeito, mais velho e de fala mais mansa, mas o mesmo sujeito: simpático sempre, de um papo alegre e um sorriso sempre pronto, uma 'tirada' espirituosa, um cigarro aceso... quase sempre. Pois então! Antonio Ivo encerra sua carreira política junto com sua vida, numa tarde ensolarada da capital da Paraíba, numa sala de um gabinete qualquer, abruptamente... como a maioria dos suiidas, aparentemente sem explicações plausíveis. É sempre assim! Pelo que sei e conheci, era um bom homem! Uma lástima! Pra mim, continua viva a imagem do candidato de um tempo em que o marketing eleitoral ainda era decidido (e decidia eleições) de outra forma. Era uma político de outro tempo. Velhos tempos! Viva, IVO! Uma 'estaca', uma 'forquilha' e uma 'roda'.

14 de dezembro de 2008

TREZE DE DEZEMBRO

É o título de uma bela música, um chorinho de autoria de Luiz Gonzaga e Zedantas. Posteriormente Elba Ramalho gravou uma versão com letra de Gilberto Gil. Uma referência direta, honrosa e lindíssima, ao dia em que veio ao mundo Luiz Gonzaga do Nascimento. Se escrever "13 de dezembro" aparecem 26.400.000 entradas no google. Isto porque 13 de dezembro (inclusive ontem completaram-se 40 anos) é aniversário do fatídico AI-5, de triste memória para o povo brasileiro. Além de outras razões, óbvio. Por isso, somente na quinta página é que aparece uma referência a Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Na 12ª página aparece uma referência ao Dia Nacional do Forró, Lei promulgada pelo Presidente Luiz Inácio, proposta por Luiz Erundina. Tinha que partir daí: uma paraibana e um pernambucano. Bom demais! Depois grafei "treze de dezembro" e aí deu tudo certinho. No youtube é direto, com várias notas sobre Gilberto Gil e uma interpretação sanfonada de Rodof Forte, grande cearense, e Marcos Farias (filho de Marinês e Abdias). Ontem à noite, mais uma vez comemoramos o aniversário do Rei no pátio do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga. Grandes apresentações de Sandra Belê, do Forrozão do Gonzagão, um grupo fantástico de meninos coordenado por um sanfoneiro que agora o nome não me ocorre e de Cicinho, o Vaqueiro do Forró. Ainda uma 'canjinha' de dois poemas declamados pelo poeta Flávio Petrônio. Tudo isso depois da já tradicional missa celebrada pelo Padre Assis e seus seminaristas. Nem precisa dizer o quanto Zenobre (presidente do Museu) estava ancho, os "dentes no quarador", como diz o povo, feliz da vida pelo evento, a participação do público e a festa em si, que foi uma beleza. Ainda tivemos tempo prum bom papo com José Lira (grande comunicador do rádio campinense), Flávio Petrônio (jornalista, poeta e declamador. Proseador dos bons) e Arão de Azevedo (jornalista, professor e designer. Também muito bom de prosa e verso). Ainda tivemos tempo, como diz Zenobre de degustar uma 'truaca' que ao ser aberta sumiu 'que nem manteiga em venta de gato'. Fico devendo o registro nosso junto à estátua do Rei. Maravilha! Quem perdeu, perdeu! Ano que vem, Domingo, 13 de dezembro 'lá taremos' novamente!

11 de dezembro de 2008

HUMANOS DIREITOS

A palavra direito toma, às vezes, o sentido de certo, justo. Ontem, 10 de dezembro, aniversariou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU em 1948. Reflexo de uma tentativa de nova ordem mundial em relação aos horrores da II Grande Guerra. Em Abril de 1964, em Santiago do Chile, poucos dias após o Golpe de 64, Thiago de Mello escrevia Os Estatutos do Homem. Bem que poderia substituir àquela. "Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira. (...) Artigo Final. Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem." QUE TAL ESTA OUTRA COM DOIS ARTIGOS APENAS? 1º - A partir de hoje, todos têm direito à vida. E vida em plenitude, em abundância. Todos têm direito a três refeições por dia (no mínimo), a uma habitação digna, à educação, saúde e à alegria. 2º - A partir de hoje nenhum ser humano terá mais direitos que outro. Resolveria tudo, mas ainda fico com o poeta.

10 de dezembro de 2008

PALHAÇO

Precisaria de muita coragem!
Precisaria também de tempo!
Precisaria de disposição para ir ao centro da cidade, talvez a uma lojinha de produtos para festas infantis...
Precisaria de muito mais coisas: talento, abnegação, boa voz, espírito altruísta, simplicidade e, mesmo não tendo uma alegria interior que pudesse ser explosão, buscar no fundo do peito uma força motriz que desse esse ar de coisa superlativa, se bondade ingênua, de esperteza inocente, de tolice sagaz...
Precisaria de muita coisa mesmo se quisesse, ao menos por hoje, ser palhaço. Um dia como palhaço!
Um dia inteiro para fazer a alegria de Vinícius! Chamar Taiguara e pedir-lhe que aceite ser criança novamente, apenas por um dia. Vê-los gargalhar gostosamente, espalharem-se pelo chão, bolarem de rir, pedirem pra parar... em transe.
Precisaria de muito mais que tudo isso pra realizar façanha tão extravagante. Precisaria do espírito de palhaço, que não tenho.
Isso não quer dizer que não tenha, vez por outra, bancado o palhaço. Aliás, com certo ímpeto, em meio a coisas muito sérias me pego fazendo o palhaço. Assim num lampejo, de chofre, e volto a ser de novo o sujeito sério (ou quase) que devo ser naquilo que esteja fazendo. Numa aula, numa palestra, numa reunião. É sempre assim!
O palhaço sempre tem um coadjuvante, um "escada", que prepara as cenas e os desfechos para que o palhaço se dê bem no final. Apesar de nem sempre isto acontecer, pois o próprio palhaço, às vezes, precisa passar por ridículo e isto também faz a alegria das pessoas. Eu não tenho coadjuvantes, neste caso, nem os quero.
Quantos não foram os espetáculos em pequenos circos "tomara-que-não-chova", ainda lá em Juazeirinho e mesmo depois dos 18 aqui em Campina Grande?
Quantas não foram as alegrias e gargalhadas de doer no "pé-da-barriga", proporcionadas por figuras quase mitológicas que escolheram como profissão levar alegria, mesmo que fugaz, a tantos corações desconhecidos? Quantas carreiras, gritando e respondendo, atrás de um palhaço de perna-de-pau? De quantas sovas escapei?
Já fiz o palhaço, sim! Fiz o palhaço pros filhos, namoradas, amigos... pra minha mãe doente (sempre o sou!). Como dizia a letra de Luísa (de Chico Buarque e Francis Hime), "por ela é que eu faço bonito / por ela é que eu faço o palhaço".
É bem verdade que a tensão do cotidiano e algumas desalegrias andaram me tirando um pouco da disposição de ser palhaço mais tempo, mas ainda "dou minhas cacetadas".
Não quero entrar no mérito da política ou de quando alguém tenta "nos fazer de palhaço". Esse é o lado pejorativo da expressão "ser palhaço" e que, não cabe em todos os lugares.
Aproveito o ensejo pra homenagear o Major Palito (da foto lá em cima), palhaço de Campina Grande que, do alto dos seus quase 80 anos ainda faz o palhaço permanentemente para a alegria e esperança de todos nós.
Hoje é Dia do Palhaço!

8 de dezembro de 2008

ÁRVORES DE NATAL

A lógica é a escadinha, que representa a idade e temos da esquerda para a direita Zé Neto, Gilberto, eu e Marcos. O ano? Provavelmente 1967 ou 1968. Cabeleiras cuidadosamente raspadas por "seo" Pretinho, que caprichava no talco Cinta Azul e na maquineta movida à mão e que, quando estava meio cega, dava um monte de beliscões nos nossos cabelos.
Mas este post não é pra falar dos retratados e sim da árvore de Natal.
Lá por volta do dia 15 a 20 de novembro, Papai fazia uma busca em alguns dos sítios das redondezas de Juazeirinho e escolhia uma catingueira que estivesse no ponto, já em forma de arbusto, mas sem ser muito grande. Depois de devidamente podada em seus galhos mais tenros secava por uns dias e Titia (Beatriz) dava o trato final com esmalte sintético prateado. A árvore estava pronta para ser montada e devidamente 'enterrada' numa lata de querosene Jacaré cheia de areia e revestida com papel de presente.
Era uma festa. À noite, as caixas de bolas e apetrechos apropriados era retirada de cima do guarda-roupas e entrávamos na disputa pra ver quem teria o direito de ajudar, pois nenhuma bola poderia ser quebrada. Na verdade, vez por outra aparecia uma delas danificada, provavelmente por conta mesmo do tempo, pois todos os anos o ritual se repetia. Naquela época, ao menos na nossa árvore, quase tudo eram bolas, pequenas médias e grandes que se iam combinando na distribuição para dar um certo equilíbrio. Depois que saímos da casa de Vovô para uma casa alugada, de 69 pra 70 foram-se ainda alguns anos sem árvore, pois era um investimento para o qual não estávamos preparados.
Era do final de novembro para o início de dezembro. A árvore montada era um orgulho para todos e depois de pronta ainda tinha as duas frases, em uma espécie de cartão fino, letra por letra juntadas umas às outras por uma espécie de ilhoses, formando um móbile que seria fixado na parede com um prego em cada uma das pontas.
BOAS FESTAS! FELIZ ANO NOVO!
Às vezes fico pensando em como aquelas coisinhas simples faziam nossas cabeças de meninos, pois tudo era uma grande viagem. Somente no Dia de Reis, já no ano seguinte a árvore seria desmontada e todas as bolsas voltavam às suas caixas pra esperar o natal seguinte.
Minha casa, agora, tem árvore de natal todos os anos e neste ano tem também o meu Mandacaru enfeitado como "árvore de natal". Certamente ele ficará mais bonito e crescido para os próximos anos. A árvore, mesmo simbolizando uma 'importação' tão abrupta na nossa cultura, pelos seus modelos (que em alguns shopping centers fica mais europeizada ainda, até mesmo rodeada de 'neve'), traz um simbolismo interessante, ao menos se servir de momento de festa para sua montagem e desmontagem.
Os presentes talvez não cheguem para todos os lares, mas o colorido que ela incorpora às casas dá uma idéia de alegria, de clima de festa, de confraternização... ainda que enorme parcela da população o faça sem a menor preocupação com a idéia original e os conselhos do aniversariante, que foi um sujeito de grandes idéias.
Êpa! Ainda preciso fazer a minha lista de presentes (a receber) para 2009 e o balanço de 2008. O ano está por um fio e é de praxe realizar o balancete, perdas e danos na busca de compreender do lugar onde estamos como as coisas estão.
Pra começo de conversa, ainda acho que estou no lucro, mesmo 2008 não tendo sido um ano especial. Eu diria até que gostaria de ter hibernado em início de janeiro e estar acordando agora, mas ele estará entranhado em minhas veias até o dia em que o 'motor' desligue em definitivo.
C'est la vie! Saravá!

PISCA-PISCA

Vinícius aprendeu, há uns três dias, a pronúncia correta da palavra pisca-pisca. Era uma gracinha a expressão sem o uso da lestra S. As crianças são assim, vão crescendo e agindo às vezes como um adulto em miniatura. Sua memória prodigiosa, por exemplo, vez por outra tem dado um nó em nosso juízo.

A alegria dele no acompanhamento da montagem da árvore de natal, quase todas as noites em ligar o pisca-pisca do Mandacaru, que é o meu Pinheiro, como diz a bela canção de Eliezer Setton, Natal Nordestino.

"Eu pensei que todo mundo Sem primeiro nem segundo Fosse filho de Papai-do-Céu

Eu pensei de brincadeira Numa vida de primeira Onde eu tenha o que eu queira De verdade em vez de no papel

Eu pensei e ainda penso Que o amor e o bom senso Vão reinar pra gente ser feliz Eu pensei bem do meu jeito Que eu também tenho direito Ao Natal do meu país

Meu pinheiro é meu mandacaru Com enfeites de algodão Alpercata no terreiro Os Reis Magos três vaqueiros Aboiando no Sertão

Meu pinheiro é meu mandacaru Cada um é nosso irmão E o Natal, se verdadeiro, Há de ter o ano inteiro Paz na Terra aos bons de coração."

Em tempos de jingle bell nada mais perfeito para embalar as festas de final de ano. Infelizmente não localizei o audio na internet, nem mesmo no youtube para que você pudesse ouvi-la. Creio que vou fazer eu mesmo.

Com um pouco de tempo, mais tarde devo postar uma foto histórica do natal lá em Juazeirinho, ali, por volta de 1968. Com direito a comentário, claro!

6 de dezembro de 2008

E A GRANDE IMPRENSA, SIFU?

PENSEI EM ESCREVER UM TEXTO COM O SEGUINTE TÍTULO: "A FALA CHULA DE LULA", aí me deparei com este artigo publicado originalmente na AgênciA Cartamaior e republicado no portal VERMELHO. Por enquanto diz tudo. Depois, talvez ainda comente. SEGUE: "A pesquisa Datafolha, publicada hoje, 5 de dezembro, foi um balde de água fria em uma festinha que prometia agitar os melhores salões do Rio e São Paulo. Mostrando que a avaliação positiva do presidente voltou a bater novo recorde, com 70% da população considerando seu governo ótimo ou bom, melhor índice obtido por um governante desde a redemocratização, arrefeceu a ofensiva que viria da fala presidencial para produtores culturais e artistas, em cerimônia destinada a tratar do Fundo Setorial do Audiovisual". Por Gilson Caroni Filho, na Carta Maior Usando uma analogia para explicar sua postura diante da crise econômica, Lula, de improviso, disse: "Se um de vocês fossem médicos e atendesse a um paciente doente, o que vocês falariam para ele? Olha, companheiro, o senhor tem um problema, mas a medicina já avançou demais, a ciência avançou, nós vamos dar tal remédio e você vai se recuperar. Ou vocês diriam: ‘meu, sifu’?. Vocês falariam isso para um paciente de vocês? Vocês não falariam". O Jornal Nacional deu destaque com os expedientes de sempre. Na chamada, William Bonner, o apresentador que representa o que lê, franziu a sobrancelha e anunciou com entonação grave que o presidente teria empregado uma expressão “extravagante”. O jornal O Globo, na dobra superior da primeira página, não deixa por menos e dá como manchete: "Planalto censura fala chula de Lula". Em matéria assinada por Maiá Menezes, lemos que "a palavra de baixo calão usada pelo presidente acabou sendo suprimida no site da presidência.” É interessante ver um veículo que publica artigos de Arnaldo Jabor se chocar com a corruptela empregada pelo presidente. Haverá quem diga, até com certa propriedade, que o termo usado de improviso não é compatível com o cargo que ele ocupa. Não deve constar em discursos públicos de uma autoridade publica, principalmente de um presidente. Mas o arrazoado tem um viés por demais conhecido. Se olharmos atentamente para o padrão classista da grande imprensa, a fenomenologia da chegada de Lula à Presidência já é apresentada como uma incompatibilidade imperdoável. O terno que substituiu o torno é a conciliação de uma antinomia por demais sedimentada para ser aceita pelas velhas elites. Como é que aquele metalúrgico chegou ali? Como, tendo chegado, não só cumpriu o mandato como se reelegeu para outro? Por que é tão bem avaliado internacionalmente? Como ousa comparar os defensores do livre-mercado a um adolescente com desarranjo intestinal ao dizer que "filho quando tem crise, quando tem uma dor de barriga, volta para casa. Nesse caso, aliás, foi uma diarréia braba. E quem eles chamaram? O Estado que eles negaram por anos”. Mas há na pesquisa, realizada entre os dias 25 e 28 de novembro, mais dados que incomodam o jornalismo dos oligarcas. Segundo a Folha de S.Paulo, “agora Lula teve reforçado o apoio sobretudo entre os mais jovens (mais nove pontos), os mais escolarizados (mais nove) e no Sudeste (também mais nove pontos).” Ou seja, os supostos leitores, aqueles a quem são dedicados editoriais e colunas se deixaram hipnotizar pela esfinge. Para quem escreveram então? Vamos esperar para ver as teses estapafúrdias, usadas pelos “cientistas políticos,” em plantão permanente, para explicar os índices de aprovação do presidente Lula. Reconhecer que em algumas áreas este governo acertou e que o Brasil está melhor, está descartado de antemão. É preciso esconjurar o demônio barbudo. O momento parece indicar que o melhor é manter as táticas do passado. As mesmas que levaram um presidente ao suicídio e, depois, o país a décadas de ditadura militar. A estratégia udenista da oposição cheira a guardado, a fundo de armário, a século 20. Não perceberam, embora se auto-intitulem bem-informados, que os anos 90 foram o canto do cisne da sociedade de privilégios. E, ao se descolarem de uma realidade que lhes é incômoda, o diagnóstico está na corruptela presidencial: Sifu. É o que parece dizer a pesquisa Datafolha.

4 de dezembro de 2008

SINAL DOS TEMPOS

Ontem assisti na TV o Secretário da Administração da Paraíba, o Administrador e Psicólogo Gustavo Nogueira (de quem tive a honra de ser professor), explicando como e o porquê do Estado ter condições de pagar antecipado aos servidores, como também as condições para honrar os compromissos com os PCCRs aprovados desde os últimos 4 ou 5 anos. Há algo errado, realmente, na província da Parahyba. Antigamente, quando eu fui presidente do sindicato dos professores da UEPB (e depois vice-reitor até Março de 2000), a gente fazia greves intermináveis reivindicando reajuste de salários, reposição de perdas e até mesmo o sagrado direito de receber ao menos o mês já trabalhado e uma tabela de pagamentos... O que ouvíamos era uma verdadeira ladainha (quando conseguíamos uma audiência), e uma romaria de secretários de estado na imprensa tentando provar o tempo todo (o improvável) que não tinham o dinheiro pra pagar. Vale salientar que há 5 anos recebo meus salários em dia e isso mudou um pouco minha vida e minha relação com meus credores. Sinal dos tempos...

3 de dezembro de 2008

MACONHA É O PRINCIPAL PRODUTO AGRÍCOLA DOS EUA

Claro que nem a tudo que a Globo publica pode ser dado crédito de verdade, mas pela riqueza de informações resolvi correr o risco de republicar aqui no blog.
Será por isso que eles brigam tanto pra proibir por aqui? Com direito a foto original.
VEJA A MATÉRIA INTEIRA E, SE QUISER, CONFIRA NO ENDEREÇO A SEGUIR:
"Segundo a agência católica Fides e o professor Jon Gettman da George Mason University, na Virgínia do Norte, a maconha se tornou o principal produto agrícola dos EUA, um negócio que rende cerca de US$ 35,8 bilhões por ano. O país tem 56,4 milhões de plantas de maconha cultivadas ao aberto, com uma renda de US$ 31,7 bilhões, e outras 11,7 milhões de plantas cultivadas em estufas e espaços fechados, que constituem uma renda de US$ 4,1 bilhões. A maconha, segundo os dados da Fides, é o principal produto agrícola em termos de rentabilidade em 12 estados, está entre os primeiros três em 30 estados e entre os primeiros cinco em 39 estados. A plantação de maconha é mais extensa do que a de algodão no Alabama, do que as de uva, hortaliças e feno juntas na Califórnia, do que a de amendoim na Geórgia, e do que a de tabaco na Carolina do Sul e na Carolina do Norte. A Califórnia é o principal produtor e exportador dentro dos EUA, ao ponto que no momento teria substituído seu destaque na produção de vinhos com o destaque em produção de cannabis".
COMENTÁRIO INFAME:
Aqui na Terra de Pindorama vamos nos garantindo com a soja e outros grãos que não permitem que a turma "se desvie do rumo" e invente de transformar em fininhos cigarros.

2 de dezembro de 2008

ESSAS MULHERES...

...e suas eternas incisões em nossa pele. Algumas são apenas pequenos riscos epidérmicos. Já outras vão mais profundamente e, como se diz popularmente, chegam a cortar na carne. Bem que me avisaram que era preciso ter cuidado com elas. E eu que nunca dei muita atenção pra esses modos de cuidados excessivos com o que elas são capazes de fazer. Agora que me habituei a expor alguns avessos de mim aqui neste blog, vez por outra me deparo com quatro leitoras atentas e de uma sagacidade especial que, se não comentam direto no blog sobre minhas peripécias confessionais, o fazem depois a mim nos bastidores. Refiro-me especialmente a Socorro Dantas, Ana Santos, Débhora Melo e Divanira Arcoverde. Ah, tem ainda Ângela Lopes. Pois não é que descobri leitoras assíduas (provavelmente dentre outras (os) que não se comunicam diretamente) e isso me dá uma alegria danada. Uma responsabilidade... Ultimamente tenho pensado até em adotá-las como colaboradoras do blog, de tanta coisa bonita que têm escrito. Leituras do mundo, leituras, da vida, leituras de mim e de si mesmas. Ora, pois quando opinamos estamos também a nos mostrar pros outros, a nos desnudar, por que não? Desde cinco dias atrás envolvido demais com trabalho extra e alguns compromissos sociais inadiáveis, fiquei devendo. A partir de amanhã retomo com tranquilidade minhas postagens e já tenho coisas a dizer. Se as tenho, por que ficar calado? Agradeço emocionado a colaboração e intromissão, devidamente autorizada, de todas. Ainda bem que não sou muito de tomar conselhos ao pé da letra.