27 de outubro de 2009

SOBRE FRUTAS E MEMÓRIAS DOCES


Há pouco mais de um ano Dona Neide me deu uma muda de Mamoeiro e ainda passei quase um mês pra decidir onde ela seria fixada de vez. De um lado um pé de Siriguela, que também ganhei, mas que não se deu muito bem com minhas galinhas.

Fiz boa cova, preparei o terreno com adubo orgânico e somente agora colhi o primeiro mamão de um montão que estão lá pendurados esperando amadurecer. Chamei Vinícius pra foto, deixando pra ele a honra de colher a primeira fruta do Mamoeiro herdado de minha mãe. Dois dias depois, devidamente riscado pra que o 'leite' diminuísse não tive lá grande alegria ao comer da fruta, pois não era 'aquele' doce esperado. Talvez por ser o primeiro e apenas uns 30% do tamanho dos outros gigantes que estão lá crescendo e amadurecendo à minha espera.

Tem importância não! Doces mesmo foram as lemebranças daquela que me ensinou a amar as plantas, a cuidas delas e desfrutar de suas oferendas. Assim foi com a Aceroleira e com  Pitangueira. Da primeira tenho colhido frutos quase ininterruptamente. Da segunda ainda espero seu desenvolvimento e maturidade pra que possa de fato fazer o primeiro licor de pitanga (dizem que era especialidade de Gilberto Freire, o sociólogo, não meu irmão) e convidar amigos a provar do seu maravilhoso sabor.

O tempo passa e as coisas vão se acomodando. A saudade é que não dá tréguas. Mesmo em minha própria casa, por onde passo vejo um pedacinho daquela que me ensinou a gostar de tudo, essencialmente das coisas mais simples. Sigo seus passos e tento ser melhor que ontem também na simplicidade que a vida me permitir.

A ausência aqui no blog é resultado de uma quase abdução causada pela UEPB nos últimos dois meses. Estou tentando pôr a cabeça pra fora...

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