"Eu sou alguém livre/
Não sou escravo e nunca fui senhor/
Eu simplesmente sou um homem/
Que ainda crê no amor.
(...)
Eu sou um porto amigo sem navios/
Um mar, abrigo a muitos rios/
Eu sou apenas o que sou."
A frase da canção O Moço Velho, de Sílvio
César, traduz reminiscências, mas também pode atualizar um presente em
construção. Na verdade, somos obras inconclusas. Somos projeto em permanente
adaptação e, se possível, aperfeiçoamento.
Quem acredita bastar-se a si
mesmo/a nem se deu conta ainda de que precisa do outro para saber que é. Sem o
outro não somos! Eis a essência de "ser humano."
Por esses dias andei aprendendo
coisas novas, como sempre. Uma delas reforça uma tese antiga que defendo: não
temos um controle remoto na mão, apertando botões e guiando o mundo. É preciso
sempre permitir que aquele “outro” que nos completa se revele em sua plenitude
de sujeito.
Não se trata aqui da ideia de
amor romântico onde o outro seria uma espécie de “cara metade” ou a “outra
metade da laranja”. Não! Somos cada um inteiro, mas inteiro incompleto, ou
inteiro em construção, em movimento, pois além deste movimento existe o
movimento “do outro”. É isso que precisa ser compreendido.
As dores de uma espécie de virose
ou dengue (não sei ainda o que será!) me puseram em estaleiro noturno e, como
não dá pra ficar lendo... bom, como não dá pra assegurar concentração pra
leitura mais séria vamos às vivências ou experiências humanas.
Afinal, somos todos passageiros dessa
fantástica experiência humana!
Na prática mesmo, ninguém é
apenas o que é. Ou, dito de outro modo, não somos apenas o que somos, mas
somos, além disso, o que somos para os outros e o que eles são pra nós.
Confundiu? Deixa pra lá! É só um exercício...
2 comentários:
Caro Rangel,
Muito boa suas reflexões do Eu/Outro.
Somos assim, complexos de nós mesmos... Me fez pensar e repensar na busca da satisfação e compreensão do outro.
Um abraço, Senhor Reitor.
Débhora Melo.
Errata: Muito boaS...rsrsrs! Sorry.
'Comi' o S.
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