21 de agosto de 2009

GLOSAS PARA MOTE DE SANTANNA

Recebi de Santanna, O Cantador, este mote com a provocação pra fazer uma glosa.

Segue o resultado, porque amanhã é sabado... mas hoje é dia de Bar do Brito. Afinal, como dizia Da. Neide, deixe isso (a sobriedade plena) pro sino, que é de ferro e a boca é pra baixo.

Fiquem com as glosas.

Foste embora e pra mim tudo morreu!

A viola nunca mais fez cantoria

Foi embora contigo o mundo meu

E o zabumba já não bate de alegria

A sanfona-coração não abre mais

O triângulo ficou mudo, lembra a paz

Que eu tinha te amando de verdade

No silêncio das noites do sertão.

IMAGINE O QUE OS OUVIDOS SENTIRÃO,

QUANDO OUVIREM O BARULHO DA SAUDADE.

Esta vela não tem som, e a fina chama

Ilumina vagamente a noite minha

Grilos cantam embaixo desta cama

Que já foi nossa humilde camarinha

A cantiga do riacho se acabou

O canário morreu, rádio pifou

E a tristeza invadiu toda cidade.

Teu fantasma me faz "buuu" na escuridão

IMAGINE O QUE OS OUVIDOS SENTIRÃO,

QUANDO OUVIREM O BARULHO DA SAUDADE.

O silêncio tomou conta desta casa

Nunca mais houve aquela algazarra

Ta difícil segurar a minha barra

Tudo é cinza onde foi ardente brasa.

Tua ausência tão dorida me arrasa

Morre um sonho de amor, felicidade

O teu lar é agora eternidade

O meu lar é eterna solidão

IMAGINE O QUE OS OUVIDOS SENTIRÃO,

QUANDO OUVIREM O BARULHO DA SAUDADE.

2 comentários:

Aninha Santos disse...

Boniiiiito poeta!

Clap, clap, clap...

KÁTIA LIMA disse...

BACANA... LINDO, LINDO!
SAUDADE... QUE COISA PRA DOER NÃO RANGEL?

BESOS, BESOS...