Recebi de Santanna, O Cantador, este mote com a provocação pra fazer uma glosa.
Segue o resultado, porque amanhã é sabado... mas hoje é dia de Bar do Brito. Afinal, como dizia Da. Neide, deixe isso (a sobriedade plena) pro sino, que é de ferro e a boca é pra baixo.
Fiquem com as glosas.
Foste embora e pra mim tudo morreu!
A viola nunca mais fez cantoria
Foi embora contigo o mundo meu
E o zabumba já não bate de alegria
A sanfona-coração não abre mais
O triângulo ficou mudo, lembra a paz
Que eu tinha te amando de verdade
No silêncio das noites do sertão.
IMAGINE O QUE OS OUVIDOS SENTIRÃO,
QUANDO OUVIREM O BARULHO DA SAUDADE.
Esta vela não tem som, e a fina chama
Ilumina vagamente a noite minha
Grilos cantam embaixo desta cama
Que já foi nossa humilde camarinha
A cantiga do riacho se acabou
O canário morreu, rádio pifou
E a tristeza invadiu toda cidade.
Teu fantasma me faz "buuu" na escuridão
IMAGINE O QUE OS OUVIDOS SENTIRÃO,
QUANDO OUVIREM O BARULHO DA SAUDADE.
O silêncio tomou conta desta casa
Nunca mais houve aquela algazarra
Ta difícil segurar a minha barra
Tudo é cinza onde foi ardente brasa.
Tua ausência tão dorida me arrasa
Morre um sonho de amor, felicidade
O teu lar é agora eternidade
O meu lar é eterna solidão
IMAGINE O QUE OS OUVIDOS SENTIRÃO,
QUANDO OUVIREM O BARULHO DA SAUDADE.
2 comentários:
Boniiiiito poeta!
Clap, clap, clap...
BACANA... LINDO, LINDO!
SAUDADE... QUE COISA PRA DOER NÃO RANGEL?
BESOS, BESOS...
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