17 de outubro de 2006

O MUNDO RUGE

Digo adeus! Digo-te adeus como se a sombra das palavras Permanecesse em mim. Não era eu que clamava por um sonho? Não eras tu que navegavas em mar tranquilo? De onde esse vulcão ensandecido? Não há mais anatomia desesperada Não há mais fremir de corpos. Nada mais há ou tudo ficou pra depois. O tempo em mim é medo. É dentro! O tempo em ti é sossego. O tempo em nós é ficção. O tempo! O tempo! Agora, até as palavras perderam a força. Hoje não há mais palavras Há vocábulos imaterializados. A vida é dentro! Fora, o mundo ruge Como leão faminto.

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