18 de setembro de 2006

TECENDO A MANHÃ

Nada mais belo há sobre a face da terra que o ser humano. Não há flor, lua, pôr-de-sol, paisagem... nada mais belo que esse ser humano, obra inacabada. Somente ele é capaz de amar, de inventar, de reinventar até o amor. Somente ele é capaz de amar e comunicar ao mundo o seu amor. Esse ser humano, tão capaz, criou um "ser" à sua imagem e semelhança, dotado de todo o amor e bondade. Tanto amor e bondade que ele, ser humano, estava impedido, incapaz de praticar pela opressão do seu semelhante. Vivemos tempos sombrios, é bem verdade. Tempos de desamor e muitas desalegrias. Tempos de muito dizer-não! Mas, que tempos são esses em que o amor precisa pedir passagem para ser amor? Para se revelar por inteiro? Felicidade não rima com miséria. Não há miséria maior que um choro de criança faminta. Falo de fome sem esperança, não de apetite com certeza de mamadeira. Felicidade rima com igualdade. É preciso dar uma chance ao amor. Dar uma chance para que ele vença. O amor que não se vende, não explora, não segrega, não oprime... Precisamos, como os galos, anunciar a aurora. Tecer uma manhã não é obra de um. Pode ser sonho de um, de uns, de milhões. Preparar essa aurora, edificar essa nova manhã... urge construir esse novo dia. A aurora é vermelha! Não esse vermelho eleitoral! Vamos juntos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho me perguntado se essa aurora virá algum dia... confesso que as esperanças estão se esvaindo e começo a acreditar apenas na fé cega...Perdemos o sentido de JUNTOS e o nosso vermelho pouco a pouco se desbota ns tons eleitorais. Haverá aurora?