Fez-se escuro o céu de Juazeirinho
Sobre mim desabou uma tormenta
O grasnar de uma ave agourenta
Apagou toda luz do meu caminho
Eu quatorze de idade, ele cinquenta.
Procurei sua mão, me vi sozinho
Apelando por um mínimo carinho
De um amor que a si se reinventa
Bem na sala um caixão, seu corpo inerte
Disse a mim: - Não, meu pai! Não quero ver-te!
Guardarei tua imagem quando em vida
E até hoje, se algum medo me assalta
Sinto como aquele vulto me faz falta
Nunca mais se fechou essa ferida.
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