18 de junho de 2010

O POETA E A PALAVRA

O poeta e a palavra são farinha do mesmo saco.
A palavra está para o poeta,
assim como a chuva está para o arco-íris.


A palavra na cabeça do poeta,
A palavra na caneta do poeta,
A palavra tinta no pincel do poeta,
A palavra vida no coração do poeta,
A palavra punhal, palavra-dor,
palavra comida, palavra vinho no bucho do poeta.


A palavra nomeia.
O poeta passeia com a palavra.
O poeta namora a palavra.
O poeta come a palavra,
transa com ela, goza e... morre.


Morre o poeta com a palavra.
O poeta da palavra não morre.
A palavra do poeta não morre.
O poeta não morre,
... vira pura palavra!

4 comentários:

VaneideDelmiro disse...

Palavra Vida.
Muito bom, Rangel!

VaneideDelmiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
TOCA DO LEÃO disse...

Ramgel:
Arretado!
Mandei um poema dos meus que fala da relação do poeta com a palavra.

Paz e luz,

Fábio Mozart de Itabaiana.

Marcantonio disse...

O poeta persiste na palavra. Muito bom!

Abraço!