Palavras e imagens. Impressões e olhares sobre o mundo e as relações. Um pouco de cada coisa: educação, universidade, cultura, arte, política, gente...até poesia e outras formas de escrita.
19 de janeiro de 2009
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO.
Dizem os entendidos nos assuntos de gestão que um bom planejamento deve garantir os mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação. São esses que vão garantir se o planejado está sendo executado e as correções de rota que precisam ser feitas para assegurar o êxito da empreitada.
Descobri que sou um sujeito bom de planejamento. Devo ter arquitetado umas cinquenta (não sei porque achei esse número) vinganças grandes na minha vida toda. O mecanismo é mais ou menos assim: o indivíduo me faz algo que eu sei que não foi com a melhor das intenções. Sabe aquelas coisas que você para e pensa pra ter a certeza que poderia ser diferente, que o sujeito teve o livre arbítrio e o tempo ao seu favor? Com tudo isso faltou consciência ou aquilo que chamam de honradez, lealdade, princípios morais altruistas ou qualquer coisa que o valha.
Pois bem, ao longo da vida toda (que jã não é tão curta assim) fui alvejado algumas vezes por pessoas que jamais levantariam qualquer suspeita. Daquelas a quem você entregaria um prêmio da megasena acumulada pra guardar.
Sempre planejei coisas terríveis, calculei tudo, minúcias, detalhes, com todos os requintes de crueldade que se possa imaginar. Homano que sou (mas não muito chegado nos assuntos religiosos), não me sinto nem um pouco comprometido com o pecado do pensamento. Pra mim, pensar nunca foi pecado. O problema é fazer e é aí que a porca torce o rabo.
Como vingador eu sou o maior exemplo de um fracasso. Nunca consegui executar uma vingança e me parece que a catarse é sempre feita no próprio processo de planejar.
Noutro dia assistia a uma solenidade de casamento na Igreja de Bodocongó, isso há uns 4 anos. Nunca esqueci a pregação do padre acerca da importância do perdão e fiquei com aquilo martelando-me o juízo. Acho que não daria um bom cristão, pois perdoar pra mim é esquecer. Entretanto, quando tento demais esquecer algo que de ruim (ou mal) me fizeram, termino por esquecer o (a) autor (a) do fato junto com o esquecimento da coisa em si.
Se isso é perdoar eu não sei, mas sei que dá um alívio danado esquecer. Sabe aquela história da perda, a dor, o luto, a aceitação e o depois? Se é verdade que o avesso do amor é o esquecimento...
Tenho pensado bastante em daqui por diante não mais planejar vingança alguma contra ninguém. Se não der em nada ao menos não fico com essa sensação de que sou muito bom pra planejar, mas que em matéria de vingança mesmo eu sou um fracasso. Relaxa!!!!!!!!!
Tenho dito!
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