Um corpo velho alquebrado
À procura de descanso
Na rede tem um remanso
Em diagonal espichado
Olho a brecha no telhado
Nostálgica luz me invade
Lembrança boa... verdade
E isto muito me apraz
A noite branda nos traz
Um cobertor de saudade
É nesta rede serena
Que faço grandes viagens
Me perco em tantas paragens
Espirais de fantasia
Viajo na poesia
Sem reclamar da idade
Só eu sei a quantidade
De bem que isso me faz
A noite branda nos traz
Um cobertor de saudade
Já sinto o corpo dolente
Lembranças em profusão
Parece uma comunhão
Do passado com o presente
O que fui antigamente
Fez a atualidade
E a dor quase com maldade
Dói no peito, contumaz
A noite branda nos traz
Um cobertor de saudade.
Rangel Junior
Mote: Regiopidio Lacerda
4 comentários:
Muito bom!
Que saudade!
Excelente!Sãoimagens escritas.Vislumbrei até a cor da rede!Grande abraço,Professoe.
Excelente!Sãoimagens escritas.Vislumbrei até a cor da rede!Grande abraço,Professor.
Excelente! São imagens escritas.Vislumbrei até a cor da rede! Grande abraço,Professor.
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