13 de agosto de 2010

SEXTA-FEIRA

Foi proposital a omissão quanto ao número, a data de hoje, dizem que dá má sorte. Não falo az... (aquela palavra... você sabe!) porque o recomendável é não usar o nome, entende? Sei não, mas na dúvida é melhor não confiar muito. Se eu sair de roupa branca dizem que que é melhor, que evita atrair energias negativas e protege, por exemplo, de urucubacas, macumbas, catimbós, quizilas más e essas coisas do gênero. Pena que não crio coelhos em vez de galinhas, pois um deles poderia ficar perneta hoje. Uma  atroz inquietação filosófica me assalta: Será que quando empalham o pé-de-coelho para botar em chaveiros estão sendo honestos e botando mesmo "o pé" ou "a mão"? E será que faz o mesmo efeito sendo um ou o outro? Já em relação a ferradura, aqui em Campina Grande, no meio do Serra da Borborema, os cavalos, burros, jericos, jegues e assemelhados não têm esse hábito saudável, pois trotam em seu potoqueado de cascos desprotegidos por sobre o asfalto. Talvez seja exatamente essa a razão de sua pouca sorte. E da minha, quem sabe. Quase todos os dias um deles caga em minha porta. Não entendo como é que um vegetariano típico consegue produzir material reciclado tão mal cheiroso. Por tabela, perfumam minha casa e o universo ao seu redor. Mas sou um cara de sorte: quando não é um burro, uma égua, vem um cachorro desses que andam pelas calçadas puxados por um sujeitão marombado (era assim que chamávamos lá em Juazeirinho nos tempos de antigamente) e elege exatamente a minha calçada. Todavia, tenho mais sorte ainda quando ele não deixa seus rastros fecais exatamente no lugar por onde passam as rodas do carro na saída da garagem. Pobre cão e seu dono finamente educado. Voltando ao tema, acho que sou um cara de sorte, por isso não preciso seguir esses roteiros esotéricos todos para que o dia de hoje não seja nada mais que mais um dia tão normal quanto os demais. Afinal, há um mês eu estava num cruzamento, inocentemente parado, esperando aliviar o movimento dos carros para atravessar na minha vez, uma motorista fez uma lambança, um outro tentou desviar dela, fez uma frenagem radical e lá vem o seu carro pra cima de mim.... CRASH! Fosse uma sexta-feira que nem a de hoje... Quer dizer, ainda não fui à calçada olhar como estão as coisas. Desde cedinho que estudo e escrevo e respondo mensagens eletrônicas e faço alongamentos e bebo água e agora, creio, que minha fome já provoca certos devaneios que me obrigam a correr pra cozinha em busca de algo pra mitigá-la. Fosse sexta-feira 'raposa' até que eu escreveria lá em cima no título, mas com esse número, aqui em Campina, acho melhor eu parar de falar nesse assunto. Bom final de semana, pois tudo de bom ainda pode lhe acontecer. Acredite! Se não ajudar, atrapalhar é que não vai.

Um comentário:

Débhora Melo disse...

Nasci num dia 13.

E confesso: Não tenho superstição quanto ao dia...
Receio sim, pelos dias que se seguem, cada vez mais perigosos e cheios de "atalhos" que nos levam a andar com um pezinho de coelho na bolsa... rsrsrs !

Um abraço, e muiiita sorte em todos os dias de tua vida.