Meu dia dos pais começou cedo. Zero hora de hoje estava com Taiguara, minha primeira razão de ser pai, comemorando e bebemorando no Bar do Brito. Aliás, o grande dia de lançamento do livro de "Histórias vividas e contadas no Bar do Brito", do qual tive a honra de participar.
Na minha adolescência li de tudo. De bolsilivros de faroeste, CIA, FBI e tantos outros de 128 páginas a clássicos da literatura brasileira e do mundo afora, em prosa e poesia. Li também Neimar de Barros, João Mohana, Kalil Gibran, e já na segunda parte pro final da adolescência, Krishnamurti, Herman Hesse, Rajneesh e tantos outros nesta linha, nas minhas buscas de entender certas coisas da subjetividade humana, ao menos da minha.
De Gibran há um passagem n'O Profeta que considero muito interessante e deixo aqui hoje como registro de minhas breves mas intensas "viagens espirituais".
"Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável."
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