22 de julho de 2007

IMAGENS E HISTÓRIAS

Da esquerda para a direita. Em pé - Junior de Tonito, Wilson (Burra-preta), Evaristo (vovô), Boroga, Antonio João, Nenen de Jaime, Roberto de Chico Soares e Val de Euclides. Agachados - Manoel, Neto de Tonito, Gilberto de Tonito, Zominho de Antõe Gregório, Pedro de Josino, Toinho de Euclides e Tota de Bertino. A foto (Novembro de 1975) foi feita no jogo de estréia do Marinheiro Sport Club (assim mesmo, meio inglês), que foi uma equipe montada a partir de estudantes do Colégio Municipal Severino Marinheiro, mas, como se dizia na época, "enxertado" com alguns craques de fora. Alguns desses poderiam muito bem ter chegado à seleção brasileira. Com destaque lembro bem das jogadas de Val e Toinho de Euclides (uma família de grandes craques da pelota). Toinho, inclusive, tinha uma capacidade de verdadeira bomba com seu pé direito. Ainda jogamos futebol de salão (ainda não era "futsal") juntos no início dos anos 80 em Campina Grande, pelo time do Balcão da Economia. Pedro de Josino era um craque. Nenen de Jaime jogava bem. Boroga e Burra Preta chegaram a formar, junto com Titico (que não está na equipe), uma das melhores zagas do mundo. Ao menos das que eu vi jogar. Zominho jogava bem, assim como Tota. Roberto Soares levava jeito. Evaristo era um bom goleiro. Tinha lá seus momentos de tragar um galináceo, mas isso acontece com os grandes. Eu, Gilberto e Neto, aí já é uma outra história. Que eu me recorde, Neto tinha um certo jeito no trato com a Bola. Gilberto, magrelo de mais que era nessa época, não ia muito longe na carreira futebolística e, como eu, ficava na reserva. Quanto a mim, sinceramente, minha maior especialidade na lateral esquerda era deslocar os pontas-direitas pra cima da cerca de avelós que demarcava as fronteiras do "estádio" municipal de Juazeirinho. Ainda hoje acredito que nem todo mundo precisa ser craque pra jogar bola. O melhor exemplo disso talvez seja a seleção brasileira. Formávamos boas equipes de futebol. Sem essa de futebol de alto nível ou rendimento, mas esse era o nosso esporte preferido e praticado or quase todos os gerotos. Nesse jogo de estréia do "Marinheiro", por exemplo, vencemos o Ferroviário por 6 x 1. Não tenho registro sobre a escalação nem a autoria do gol de honra do Ferroviário. Do nosso lado foram gols de Pedro de Josino, Neto, Tota, Toinho e Zominho (2). Sou saudosista? Creio que sim e adoro o presente por isso. Ele está emprenhado de futuro, mas não apaga o passado. Ao contrário vive retroalimentado por ele. Deixei de jogar bola há muitos anos, mas sinto saudades e vez por outra prometo que vou voltar, mas termino ficando sempre nas minhas caminhadas e corridas leves. A imagem da equipe de futebol em pose tradicional, as expressões dos "atletas", as lembranças do grandes e maravilhosos momentos de um tempo muito divertido e saudável, quando a vida ainda não era levada tão a sério. Aliás a vida era só viver! Foi por esta época também que Zominho começou a me ensinar os primeiros acordes ao violão. Coincidentemente, depois de aprender um pouco e descobrir que tinha mais jeito pra música do que pra bola, adquiri meu primeiro violão justamente de Tota de Bertino. Um Giannini com cordas de aço que foi destruído posteriormente num "acidente" doméstico que, por ser uma longa história eu conto outro dia.

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