28 de setembro de 2017

SONETO DE ESPERANÇA

A incúria minando a minha crença
Impõe pausa, me oprime, põe preguiça
Sem remédio, tal tédio me enfeitiça
Não retarda o progresso da doença

Sinto o bafo da morte que atiça 
A nação mergulhada em malquerença 
Suo as mãos aguardando essa sentença
Mas não vejo a balança da justiça 

Se o ódio campeia e ganha espaço
A ganância, ansiosa, joga o laço 
O amor perde a chance e não avança 

Mesmo que eu, por dentro, me contorça
Só me resta lutar, arranjar força 
E plantar mais sementes de esperança.

Rangel Junior 

27/09/2017