Aprendi que a paixão tem dois destinos
Quando explode num peito sonhador
Numa metamorfose vira amor
Ou falece, sem vela, enterro ou sinos
Tempestade que lança em desatinos
Nunca pede perdão, nem se retrata
De amar fui e sou cardiopata
Quando de um coração me vejo expulso
É na força do amor que pego impulso
Pra seguir nessa vida que maltrata.
Toda vez que caí me levantei
Bati logo a poeira e fui seguindo
Cuidadoso, o caminho construindo
Sem pisar no buraco onde pisei
Eu amei, eu sofri, de novo amei
É assim se a paixão me arrebata
E se meu miocárdio me delata
Trepidando tum-tum, em dor convulso
É na força do amor que pego impulso
Pra seguir nessa vida que maltrata.
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