11 de agosto de 2012

O PAI QUE EU QUERO SER


Quisera sem um pai melhor pros meus filhos. Sempre penso nisso, mas me conformo em saber que sou o pai possível. Sou o que posso ser.

Sujeito cheio de defeitos, sempre me esforcei pra superá-los. Levo uma vantagem enorme em relação aos que me conhecem, pois sei dos meus defeitos mais que eles.

Quando fui pai pela primeira vez já havia ensaiado muito com sobrinhos, com filhos de amigos, mas nada se compara à paternidade. Não àquela relação genética, mas à paternidade relação, paternidade troca, paternidade conflito, paternidade amor, paternidade entrega.

Se pudesse escolher algo pra este Dia dos Pais, em vez de receber eu daria um presente a cada um dos meus filhos. Não um presente material. Uma canção pra cada um, quem sabe um poema. Algo que marcasse indistintamente a cada um deles pelas individualidades que são, pelo que fizeram e fazem com a minha vida. Devo ainda uma canção pro Vinícius (incompleta) e uma pro Guilherme. Taiguara já recebeu a sua.

Os filhos são presentes da vida pra nós. Cá pra nós, mas acho meio mesquinho esperar presentes dos filhos. Eles nos presenteiam a cada dia com suas vidas pulsantes, com suas personalidades únicas, com suas buscas e realizações humanas.

Não tendo um pai para estar comigo fisicamente, fico comigo mesmo e os que me fazem ser e me sentir pai. Até nisso reafirmo o que comecei dizer: sou um pai possível.

Devo uma conta impagável aos meus filhos. Eles me realizam e isso não tem preço. Não há melhor presente.

Por hora, deixo que Vinícius e Toquinho falem por mim, através de Paulinho da Viola. Quer ver? 

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