26 de março de 2012

SERIA A EDUCAÇÃO UMA ARMA?

Sempre que acontece um crime contra um jovem e principalmente quando este jovem não é do meio do tráfico, todos ficamos indignados.

Deveríamos ficar indignados sempre que alguém morre porque outro resolveu que ele deveria morrer. Não há razão humana para ninguém matar outro ser humano, salvo em situações muito extremas de ameaça clara e preservação da própria vida.

O famoso instinto de sobrevivência, que terminou por receber uma expressão chamada "legítima defesa". Até aí tudo bem!

Um pergunta sempre me incomoda: se a vida do indivíduo não vale nada, como ele pode dar valor a vida do outro? Então é preciso pensar em criar condições para que a vida de todas as pessoas tenha sentido, seja valorizada. A vida sentida efetivamente como um bem maior para o sujeito, naturalmente o induz a perceber que a vida do outro também é um bem maior.

Onde entra o papel da educação nessa história? Que tipo de educação? Que tal começarmos por assegura escola de tempo integral a todas as crianças do infantil até o 9º ano? Que tal garantirmos acesso a esporte, lazer e arte para todas essas crianças até a adolescência?

Agora uma provocação: pegue um garoto, filho de classe média e bem educado e dê-lhe um revólver e, durante cinco dias seguidos, algumas pedras de crack e espere pra ver em que ele se transforma.

Pegue um garoto, de mesma idade, filho de um trabalhador assalariado, morador de região de risco, dê-lhe uma escola digna, uma flauta, um violão, um zabumba, uma sanfona, uma quadra de esportes, uma piscina...e veja em que ele se transformará.

Livre pensar!

Nenhum comentário: