11 de maio de 2011

A GREVE É GRAVE


Breves comentários sobre transigência e fortaleza.

Sabemos e não esperamos acontecer. Nós fazemos a hora!

De certo modo, talvez tenha sido esta a leitura feita pela imensa maioria dos docentes da UEPB na Assembleia Geral de ontem, 10 de maio de 2011, no auditório de Psicologia/CCBS, cinco dias após a decisão de suspensão das atividades por tempo indeterminado. Lembro que já havia acontecido um dia de paralisação antes.
Em 23 anos de atividade docente, mais seis e meio como estudante-trabalhador, confesso que perdi a conta de quantas greves fizemos em defesa desta Universidade. Por cinco dias, incluindo o final de semana, os professores da UEPB ficaram sem ministrar aulas ou desenvolver outras atividades inerentes ao seu ofício. Desta vez, por conta de minhas responsabilidades administrativas, trabalhei tanto quanto, menos aulas, pois não precisei ir a nenhuma entre quinta passada e ontem.
Todos os movimentos paredistas na UEPB ao longo das últimas duas décadas tiveram a sabedoria de começar e terminar na hora certa. Com diversos governos tivemos diálogos inócuos, fomos vítimas de enrolações vergonhosas, compromissos descumpridos e até momentos sem diálogo algum. Já precisamos chegar às últimas conseqüências numa greve, pondo em risco as vidas de companheiros/as, na tentativa de forçar abertura de diálogo.
Por outro lado, também já fizemos muitos bons acordos, negociações, ajustes, concertações que repercutiram no seio da instituição de forma positiva e a tornaram o que ela é hoje. Nunca, nenhuma das conquistas aconteceu em torno de sorrisos, reverências, afagos, salamaleques ou bajulações. Sempre foi o combate que nos levou às vitórias. Essa sempre foi a marca de sabedoria coletiva destes movimentos na UEPB.
Combinando a tentativa de diálogo, a oferta de alternativas com pressão política e um forte pacto com a sociedade (que alguns chamam de opinião pública) conseguimos vitórias marcantes. Não foram poucas as vezes também que recuamos, tivemos insucessos temporários e recolhemos “as armas”, fortalecemos nossas convicções e voltamos à baila com mais vigor, mais convencimento, mais união e retomamos o papel de vanguarda.
Todavia, pela primeira vez nestes anos todos, a direção do movimento ameaçou tomar outro rumo. Um rumo de aventura inconseqüente que poderia nos levar a uma derrota política e a um relativo descrédito perante o povo que sustenta a instituição. Uma tática confusa, parecida com a de um time desesperado que é somente ataque, sem meio campo ou defesa, muito menos goleiro.
Ontem o movimento docente arrumou sua tática, reorganizou suas ideias e demonstrou ao povo da Paraíba, e ao governo, que está oferecendo crédito, que se dispõe ao diálogo, que acredita e espera que o governo cumpra com seus compromissos, que não recua em suas conquistas, que esta Universidade é da Paraíba e que, acima de tudo, a sua defesa é tarefa de todos.
A UEPB galgou em seis anos uma posição de destaque no cenário regional e mesmo nacional. De uma instituição acanhada, pejorativamente tratada mesmo por seus alunos, de um patrimônio que sempre foi mais promessa que realização, ela transformou-se em orgulho dos paraibanos.
A UEPB precisava dar “um salto para chegar à sua época, para atingir os desafios do seu tempo” e o fez, incrivelmente, antes da Paraíba. A visão de futuro, o desprendimento, a noção exata da importância de certas conquistas, deram à sua comunidade uma das mais importantes conquistas, a autonomia financeira. Em termos históricos, afirmo sem receio que esta conquista está em pé de igualdade com sua fundação em 1966, sua estadualização em 1987, e seu reconhecimento em 1996.
A Autonomia - em geral - é condição fundante do ente Universidade. Porém, não há autonomia universitária per se. O texto constitucional brasileiro em seu artigo 207 afirma que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial (...)”. Esta autonomia somente poderá ser praticada com a com a garantia material de seu exercício. A garantia efetiva somente pode ser exercida por meio da autonomia financeira. Entenda-se, autonomia financeira é um meio e não um fim em si. Complementarmente, os mecanismos democráticos de participação colegiada, decisão e o controle social são mecanismos que, para além dos órgãos formais de controle, podem dar à Universidade moderna, essencialmente à Universidade Pública, um novo feitio, sintonizado com o seu tempo e cumprindo o seu papel de dar sempre o passo adiante no rumo do desenvolvimento social.
E o que tem a greve da UEPB a ver com isso? O discurso de defesa da autonomia não pode ser confundido com cantilena nem banalizado em meio a outras bandeiras sazonais. A autonomia financeira desta instituição é, a meu ver, a maior e mais importante conquista de sua história recente. Da mesma forma que ela não pode retroceder em relação à sua fundação, à estadualização – publicização -, ao reconhecimento... não pode retroceder um passo em relação à autonomia financeira.
A pujança observada na Universidade da Paraíba hoje, sem necessidade de lente de aumento, o vínculo social construído e solidificado ao longo de mais de quatro décadas, o seu entranhamento no tecido social das várias camadas que compõem este mosaico chamado de povo paraibano, dão à UEPB uma característica, de fato, de patrimônio social, de riqueza, a ser cuidadosamente zelada, protegida e, se preciso for, a ferro e fogo, das vontades e humores temporários.
A Universidade nasceu para ser farol. Um farol que lança luz, mas não faz sombra a ninguém. Ninguém individualmente é maior que a Universidade. Nenhum grupo ou força política pode se arvorar em ser dono/a do seu destino. Seu desiderato é ser de fato, luz para terra e para os homens.
É esta Universidade que está saindo fortalecida de uma batalha. Sai fortalecida e pronta para outra. O povo da Paraíba tem a noção exata de sua importância e, como sempre, saberá defendê-la de quaisquer intempéries políticas que pairem sobre ela.
A vida nos há de oferecer muitas boas oportunidades de demonstrá-lo!
Não descuidemos!

8 de maio de 2011

MÃES SÃO SERES MUITO ESPECIAIS

mãe
mãe mãe
mãe mãe mãe
mãe mãe mãe mãe

mami
mami mami
mami mami mami
mami mami mami mami

mama
mama mama
mama mama mama
mama mama mama mama

manhê
manhê manhê
manhê manhê manhê
manhê manhê manhê manhê

  mainha
mainha mainha
mainha mainha mainha
mainha mainha mainha mainha

mamãe
mamãe mamãe
mamãe mamãe mamãe
mamãe mamãe mamãe mamãe

mamica
mamica mamica
mamica mamica mamica
mamica mamica mamica mamica

mãezinha
mãezinha mãezinha
mãezinha mãezinha mãezinha
mãezinha mãezinha mãezinha mãezinha

mamãezinha
mamãezinha mamãezinha
mamãezinha mamãezinha mamãezinha
mamãezinha mamãezinha mamãezinha mamãezinha

Não importa como você a chama.
Importa como você a trata.
Importa como você a carrega.
Importa como você a representa.
Importa como você a referencia.
Importa o quanto ela seja grande dentro de você.

As mães são seres muito especiais, pois não se realizam por si mesmas, mas através de sua obra.
Façamos por onde merecê-las!

*A Dona Neide rendo todas as minhas homenagens. Em seu nome a todas as mães que, se fossem apenas mães, já seriam muito. Não se contentando com este "apenas", ainda são muito mais. 

5 de maio de 2011

A GREVE NA UEPB E POSIÇÃO DO GOVERNO*

Governador se reúne com reitora da UEPB e reafirma compromisso
Quinta-feira, 05 de maio de 2011 - 00h20
O governador Ricardo Coutinho recebeu na noite desta quarta-feira (4),  no Palácio da Redenção, a reitoria da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Marlene Alves, e reafirmou o compromisso com a autonomia da instituição com base na Lei Estadual nº 7643/2004.

Em reunião, que durou quase quatro horas, o Governo do Estado se comprometeu a efetuar o pagamento da parcela do duodécimo referente ao mês de dezembro do ano passado, que deveria ter sido paga pela gestão anterior. Ricardo Coutinho garantiu que o Governo irá recalcular o duodécimo para incluir o repasse que não efetivado em 2010.


“Nós respeitamos e defendemos a autonomia da UEPB, que é a universidade da Paraíba e patrimônio da nossa terra. Nosso compromisso com a UEPB é verdadeiro, prova disso é que  vamos corrigir a falha deixada porque, para nós, o que importa é o crescimento da instituição, e não as questões de ordem política”, frisou o governador, que  reafirmou ainda o compromisso com a UEPB, sob forma de parcerias e investimentos.


A reitora da UEPB, Marlene Alves, avaliou de forma positiva o encontro, principalmente pelo fato do governador reconhecer a autonomia da UEPB e garantir que vai realizar o repasse da parcela que deixou de ser efetivada em dezembro de 2010 e que acabou quebrando a ordem financeira da instituição.


Marlene ressaltou que se reunirá com os representantes dos professores e dos técnicos administrativos e falará sobre a importância dessa garantia da autonomia e do compromisso do governador em construir parcerias para o fortalecimento da instituição.


“Temos compreensão do momento de dificuldades financeiras que passa o Estado e também as dificuldade de ordem legais, como a LRF. Mas, assim como os demais poderes do Estado vamos continuar contribuindo, pois temos garantida a nossa autonomia que é o nosso maior bem, porque é algo que toda a universidade brasileira deseja”, completou.


Participaram da reunião a reitora da UEPB, Marlene Alves, o vice-reitor, Aldo Maciel, o Pró-reitor de Planejamento, Rangel Júnior, além dos secretários de Administração, Gilberto Carneiro, Finanças, Aracilba Rocha e da Controladoria Geral do Estado, Luzemar Martins.



Pulbicado originalmente em www.paraiba.pb.gov.br