31 de dezembro de 2010

MEU JEITO


Não! Não estou me despedindo, nem acho que vou morrer daqui a pouco.  É que ontem, num bate-papo eu comentei que tecnho clareza que já vivi mais de metade do meu tempo. Ou seja, da vida que me resta eu tenho pela frente menos do que já tive até agora. Pode parecer lugar comum, mas sempre achei muito bacana esta canção e resolvi deixar aqui o registro.

E agora o fim está próximo, então eu encaro o desafio final. Meu amigo, eu vou falar claro. Eu irei falar do meu caso, do qual tenho certeza.

Eu vivi uma vida que foi cheia, viajei por cada uma e todas as rodovias e mais, muito mais que isso, eu fiz do meu jeito. Arrependimetos, eu tive alguns, mas então, de novo, são tão poucos que nem vale contar. Eu fiz, o que eu tinha que fazer e vi tudo, sem exceção.

Eu planejei cada caminho do mapa, cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho, porém, mais, muito mais que isso, eu fiz do meu jeito. Sim, teve horas, que eu tinha certeza, quando eu mordi mais que eu podia mastigar. Entretanto, quando havia dúvidas eu engolia e cuspia fora. Eu encarei tudo e continuei de pé e fiz do meu jeito.

Eu amei, eu ri e chorei. Tive minhas falhas, minha parte de derrotas, e, agora como as lágrimas descem, eu acho tudo tão divertido. Em pensar que eu fiz tudo, talvez eu diga "não" de uma maneira tímida: Oh não, não, não eu! Eu fiz do meu jeito!

E pra que serve um homem, o que ele tem se não ele mesmo? Então ele não tem nada, além de dizer as coisas que ele sente de verdade e não as palavras de alguém que se ajoelha. Os registros mostram: eu recebi as pancadas e fiz do meu jeito.

(Autoria: Claude François / Jacques Revaux / Paul Ank.a)
Tradução do http://letras.terra.com.br/frank-sinatra/36413/traducao.html, com pequenos (des) ajustes meus.

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