Tudo começou por vota dos 12 anos de idade... como brincadeira e forma escapista e ingênua de ocupar o juízo enquanto eu ia diariamente, sozinho, buscar leite no sítio Boaventura, de Mário Guedes, em Juazeirinho, para distribuir na cidade. Cantar ocupava o pensamento nos seis quilômetros entre a ida e a volta.
As versões de canções estrangeiras como Loving You, Ben, All by Myself e tantas outras ajudaram nos primeiros passos. Depois de um tempo as paródias colegiais e gozações juvenis foram moldando um jeito de fazer.
Depois de mais um tempo... o violão, os poeminhas, as letras confessionais, os pequenos dramas pessoais e um pouco de trabalho deram o tom para ir arriscando voos mais altos e criando letras e músicas próprias. Até que um dia, no Ceará, Lifanco e Eugênio Leandro começaram a 'dar corda' pra gravar um disco (CD). Peguei a corda e fui em frente.
Luizinho Calixto gravou "Sanfoninha pé-de-bode", "Passarinho sem Remédio" e "Tapinha dói"; Flávio Baião gravou "Menina Bonita"; Ton Oliveira gravou "Madeira de Lei"; Santanna, o Cantador, gravou "Florbela"; Lifanco gravou "Quando começo a Cantar"; Sandra Belê gravou "Do Céu ao Paraíso" e "Só de Escutar a tua Voz"; Capilé gravou "Xote do Novo Amor"...
Depois de vários jingles para candidatos amigos, trilha sonora da peça Charivari (de Lourdes Ramalho, encenada por Hipólito Lucena e Nivaldo Rodrigues),"Hino da Troça do Brito", composição recente para cinema... acho que agora posso dizer que sou compositor! Afinal, estou preparando CD e DVD com mais de 20 canções entre inéditas e antigas. Como é bom poder fazer isso! Salve o compositor popular, diria Chico! Evoé!