4 de setembro de 2010

ECOANDO

Não há porquê que justifique a aridez do texto científico, quando se trata de "ciências humanas". Ou então que se retire o segundo nome da expressão. Vivo em guerra permanente ao mau humor e quem me conhece sabe, mas não tenho conseguido evitar em tempo recente o que me parece, agora, uma espécie de roubo de serotonina. [:-(] Isto pelo sentimento cotidiano de incompletude intelectual. Talvez por isso que as teses e os construtores de teses já viraram tema de tese. Pior: irracionalmente, experimento a sensação de relativa inépcia, culpa em parte deste superego com jeitão de general da ditadura, razão de alguns textos meio insossos e essa conduta recente meio blaséBom saber que essas pequenas (in)confidências encontram algum eco nessas paragens imensas, da Serra da Borborema à beira-mar de Tambaú... às montanhas das 'Geraes'. Não estamos sozinhos! Tá valendo saber que tem gente do outro lado, feita de carne, osso, arte e sentimento!
Ainda volto a ser rio caudaloso, barrento... É o tempo! O tempo, amigo/a!

Um comentário:

Marcantonio disse...

Aqui do outro lado, em carne e osso, devo lhe dizer que não são meras (in)confidências o teor desses seus dois textos; há neles pensamento e sensibilidade incomum, e um evidente humanismo. Talvez certifiquem que esse seu rio jamais atingirá níveis alarmante na vazante pela qual, aliás, todos passamos de uma forma ou de outra. O seu depoimento é muito instigante, e toca de passagem no status impreciso das ciências humanas. Confessar esse sentimento de incompletude intelectual não é de alguma forma demonstrar honestidade intelectual? Há securas e rigidez opressivas que enfrentamos, mas se nos ressentimos delas é porque temos reservas vivificantes de liberdade interna.

Do lado de cá, lhe envio sim ecos sólidários e votos de superação.

Grande abraço!

P.S. Eita! Menções ao Tambaú, mesmo que rápidas, me fustigam com saudades.