3 de março de 2010

NOSSA LÍNGUA BRASILEIRA II

Creio que vou abrir uma série aqui no blogue com este título. Há tanta coisa interessante por aí que certamente merecerá sempre um pequeno comentário, um registro. Ainda resultante da viagem que fiz, no período de carnaval, recolhi mais duas imagens que considerei interessantes tratando da nossa amada língua, tão bela e ultrajada, como diria o poeta.

A primeira pela forma inusitada de acesso. Os amigos Paulo César e Leila falaram que precisávamos conhecer um Bar chamado Suvaco de Cobra, no bairro do Montese, onde eu havia morado por alguns anos.  Na preparação do convite a informação que lá havia bons petiscos e um certo exotismo. E bota exótico nisso.

Primeiro que o bar tem uma espécie de barraca na entrada que se dá por um beco estreito com mesinhas de uns 30cm coladas na parede até chegar a uma espécie de pátio interno após a cozinha. Muitas cores berrantes misturadas, uma decolração pra lá de psicoldélica que vai de antiguidades a peças de artesanato, figuras e imagens do folclore nordestino, imagens de santo e de homens e mulheres com pouquíssima roupa, inversamente, nos sanitários masculino e feminino.

Realmente o tira-gosto é bom, a cerveja é mais ou menos gelada, o atendimento é sofrível, a música é bacana e a placa em azul no fundo amarelo é show de bola. Ainda estou tentando entender o "familiar" entre aspas. Deixa pra lá...
Pra encerrar e, como contumamos dizer, fechar com chave de ouro, essa imagem instigante de uma lanchonete ambulante (mais ou menos fixa, pois tem até antena parabólica), na cidade de Jucurutu, entre a Churrascaria do Zorro e o Posto de Combustíveis e em frente ao Restaurante São Sebastião, onde comemos um excelente carneiro assado, mesmo às 14:30h de um domingo.

A minha grande dúvida é sobre qual foi mesmo a intenção dos proprietários em relação ao nome que desejaram colocar no seu trailler/lanchonete. De qualquer forma, pra mim foi uma grande novidade, pois não encontrei nos dicionários de várias línguas em que pesquisei. Uma aproximação possível que arrisquei fazer é que a tentativa era de escrever algo em Português, inspirado em alguma expressão de origem religiosa.

Em minhas pesquisas descobri que há uma expressão parecida, El shadai, ou shaday, que é bíblica e que quer dizer "todo poderoso" ou "deus todo poderoso". Encontrei ainda uma web rádio em Portugal com o nome elchaday e foi o mais próximo do que vi em Jucurutu.

Aproveite e tire suas conclusões. Boa sorte...


Se for do inglês o bicho pega porque, segundo o Michaelis, HELL é "inferno" (também no sentido figurado) ou "lugar de grande sofrimento e destruição." CHADY não existe, mas SHADY é "na sombra, sombreado, sombroso, sombrio..."

Será que teriam ido tão longe? Que tal tomar uma sopa na "sombra do inferno?" Ou no "inferno sombrio..."

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