29 de outubro de 2009

ARTE, EMOÇÃO E COMPROMISSO

Se você está apressado (a) deixe pra lá! Porém, se tem 8'33'' pra se deleitar com um grande espetáculo, você pode colocar em tela inteira ou apenas clicar no video abaixo.
É impressionante o que a arte pode fazer (ou uma artista) pra chamar a atenção para um fenômeno social. A artista ucraniana Kseniya Simonova consegue fazer aquilo que alguns chamam de 'milagre'. Simplesmente fantástico, aos meus olhos.
Tire suas conclusões. Se não tiver tempo agora, volte depois ou vá ao youtube quando puder com a pesquisa do nome.

27 de outubro de 2009

AINDA CHEGO LÁ

O formato do blog ficou todo esquisito depois que fiz umas experiências noutro dia e não consegui mais voltar a ser como era antes. Acho que com a gente acontece assim também: a gente nunca consegue voltar a ser como era antes. Mas não precisava ser tão radical. Afinal, descobri que nos blogs acontece como na vida. Que legal!

Já tentei de várias formas, o tempo é pouco, mas não consegui retomar o formato anterior onde as informações apareciam na íntegra logo no início da página. Há um erro de configuração, pois em todos os modelos que já tentei ele mantem a mesma formatação, como se todo o blog fosse um texto corrido na vertical e isso o deixou meio esquisito. Pra mim, feio mesmo.

Se um dia eu tiver tempo verei se conserto. Meus conhecimentos do assunto se mostraram insuficientes e não tenho tempo pra estudar um troço desses. Guardarei alguns neurônios pra queimar em sinapses mais produtivas.

Conto com sua compreensão.

MOBILIZAÇÃO DE MASSA

Pode até parecer que foi tudo montado, preparado, ensaiado... sei não, mas a idéia geral ficou muito bacana. Veja o vídeo e perceba como as pessoas vão se contagiando com o balanço... e tudo começa com uma pessoa saltitando na platéia...
Tire suas conclusões.

SOBRE FRUTAS E MEMÓRIAS DOCES


Há pouco mais de um ano Dona Neide me deu uma muda de Mamoeiro e ainda passei quase um mês pra decidir onde ela seria fixada de vez. De um lado um pé de Siriguela, que também ganhei, mas que não se deu muito bem com minhas galinhas.

Fiz boa cova, preparei o terreno com adubo orgânico e somente agora colhi o primeiro mamão de um montão que estão lá pendurados esperando amadurecer. Chamei Vinícius pra foto, deixando pra ele a honra de colher a primeira fruta do Mamoeiro herdado de minha mãe. Dois dias depois, devidamente riscado pra que o 'leite' diminuísse não tive lá grande alegria ao comer da fruta, pois não era 'aquele' doce esperado. Talvez por ser o primeiro e apenas uns 30% do tamanho dos outros gigantes que estão lá crescendo e amadurecendo à minha espera.

Tem importância não! Doces mesmo foram as lemebranças daquela que me ensinou a amar as plantas, a cuidas delas e desfrutar de suas oferendas. Assim foi com a Aceroleira e com  Pitangueira. Da primeira tenho colhido frutos quase ininterruptamente. Da segunda ainda espero seu desenvolvimento e maturidade pra que possa de fato fazer o primeiro licor de pitanga (dizem que era especialidade de Gilberto Freire, o sociólogo, não meu irmão) e convidar amigos a provar do seu maravilhoso sabor.

O tempo passa e as coisas vão se acomodando. A saudade é que não dá tréguas. Mesmo em minha própria casa, por onde passo vejo um pedacinho daquela que me ensinou a gostar de tudo, essencialmente das coisas mais simples. Sigo seus passos e tento ser melhor que ontem também na simplicidade que a vida me permitir.

A ausência aqui no blog é resultado de uma quase abdução causada pela UEPB nos últimos dois meses. Estou tentando pôr a cabeça pra fora...

22 de outubro de 2009

PROMESSA DE "CURA" HOMOSSEXUAL E A PSICOLOGIA

No número 85 da Revista RADIS, publicação da Fundação  Oswaldo Cruz, foi publicada na coluna  "súmula" a notícia que segue. Aproveitei pra levar de imediato à discussão com os (as) prezados (as) estudantes do primeiro ano do curso de psicologia da UEPB com que tenho tido o prazer de interagir neste período letivo.

Veja a íntegra e tire suas próprias conclusões.

Conselho Federal de Psicologia decidiu (Agência Brasil, 31/7) aplicar censura pública à psicóloga carioca Rozangela Alves Justino, que oferece “cura” a homossexuais, por infração da resolução de 22 de março de 1999, que estabelece: homossexualidade “não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.

A punição confirmava decisão anterior do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. O presidente do CFP, Humberto Verona, disse que a entidade não poderia agravar a punição, com suspensão ou cassação do registro, porque a própria psicóloga recorrera ao conselho. Rozangela afirmou que manteria sua atividade normalmente. “As pessoas têm direito de procurar esse apoio”, disse ela, de peruca, óculos escuros e máscara para não ser “atingida pela ira” dos ativistas gays. “Não sinto vergonha e nunca sentirei de acolher os que querem deixar voluntariamente o estado de homossexualidade”.

Segundo ela, as pessoas que estão “em sofrimento psíquico e desejam deixar a homossexualidade” devem procurar profi ssionais nas suas cidades. A psicóloga citou a OMS sobre transtorno de identidade sexual. “A homossexualidade pode ser primária ou secundária a outros transtornos”, afirmouRozângela. A motivação da psicóloga, entretanto, não parece ter base em evidências científicas, mas na religião: em texto no qual compara ativistas gays a nazistas, que o site monergismo.com publicou, ela se identifica como “psicóloga, especialista em psicologia clínica e educacional, uma das fundadoras do Exodus Brasil e membro do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos”. Segundo o site, “o monergismo (regeneração monergística) é uma benção redentora adquirida por Cristo para aqueles que o Pai lhe deu (1Pe 1.3; Jo 6.37-39). Ela comunica aquele poder na alma caída pela qual a pessoa que deve ser salva é efi cazmente capacitada a responder ao
chamado do evangelho (Jo 1.13)”.

O New York Times (6/8) publicou resolução da American Psychological Association, segundo a qual profissionais de saúde mental não devem dizer a pacientes gays que podem se tornar heterossexuais com terapia ou tratamento. Foi o repúdio mais direto da entidade americana à chamada “terapia reparadora”, conceito abraçado por “pequeno mas persistente grupo de terapeutas, frequentementeligados a religiões conservadoras, que sustenta que homossexuais podem mudar”, diz a matéria. Uma das maiores organizações desse tipo é a Exodus International, rede que oferece “libertação da homossexualidade pelo poder de Jesus Cristo”.

“Não há evidência sólida de que essa mudança seja provável”, diz a resolução, aprovada no conselho da entidade por 125 votos a 4. Pelo contrário, continua o texto, “alguns estudos sugerem que esforços para produzir mudanças podem ser nocivos, induzindo tendências à depressão e ao suicídio”. A associação já criticou essa “terapia” no passado, mas a decisão foi fortalecida pelas conclusões de seis especialistas que em 2007 examinaram 83 estudos sobre mudança de orientação sexual desde 1960.

21 de outubro de 2009

BELCHIOR E SUA ALUCINAÇÃO

Assim como naquele livrinho de brincadeira de esconde-esconde que não lembro exatamente o nome, mas me parece que era "Onde está Wally?", dias desses fizeram um fuzuê daqueles com o artista plástico, compositor e cantor Antonio Carlos Belchior. O mote era o sumiço de Belchior deixandoa pra trás carros em estacionamentos, correspondências, contas a pagar (e imagino que também a receber...).

Pois não é que encontraram Belchior? Foram descobri-lo em em uma cabana, na cidade de San Gregorio de Polanco, no interior do Uruguai, morando com uma mulher e, segundo ele, apenas vivendo a vida.

Consta que tinha deixado pra trás dívidas de mais de 18 mil reais. Ora, como se em dois show de hora e meia cada ele poderia resolver tudo isso e ainda ficar com o troco? Não acompanhei os detalhes todos das 'buscas' a Belchior, mas uma de suas canções talvez explique o que ele estava fazendo: ALUCINAÇÃO.

"A minha alucinação é suportar o dia-a-dia
E o meu delírio é a experiência com coisas reais
(...)
Amar e mudar as coisas
Amar e mudar as coisas
Amar e mudar as coisas
Me interessa mais!"

Deixemos Belchior em paz!

COLABORAÇÃO COM AS PALAVRAS

A leitora Débhora Melo comentou minha postagem anterior com um belo poema. Divido aqui na página pra quem não leu ou ler os comentários.

“Palavras são palavras
Nada mais do que palavras...”

Nada mais?!
Palavra é elemento
Suprimento
Palpável, moldável que se pode
Jogar, brincar, coreografar...

Palavra aríete que fere pessoas
E ganha causas judiciais.
Palavra remédio que alivia
Doloridos ais!

Palavra certa na hora exata
É tesouro achado
“É mel no olhar
É pétalas nos lábios”.

(Débhora Melo)

19 de outubro de 2009

A PALAVRA...

A palavra, por favor! Cadê a palavra que estava aqui? Eu quero a palavra! A palavra, já! Cantada, escrita, falada... memória... A palavra coisa, a palavra idéia, a palavra sentido. Preciso da palavra para que eu cale, Preciso da palavra para que eu seja, Preciso da palavra para que eu viva. A palavra punhal, a palavra alimento, a palavra flor, A palavra sorriso, a palavra dor e a palavra amor, Sim, a palavra amor, a palavra tesão, a palavra só, sozinho, solidão. Onde está a palavra? Cadê que ela estava aqui bem há pouco e sumiu? Onde se meteu a palavra? Preciso da palavra para que eu siga, Preciso da palavra para que eu pare, Preciso da palavra para que eu diga Preciso da palavra para que eu... nada! Deixe-me estar sem palavras E eu me morro aos poucos, E eu me esvaio em sons sem nexo, E eu me derreto como um cubo de gelo ao sol. Por favor, a palavra! A palaaaaavrrrrraaaaaaaaaa!!!

15 de outubro de 2009

EDUCADORES E PROFESSORES

Se buscarmos as razões na grafia que nos acostumamos a usar, eu diria que estou mais para educador que para professor. Aprendi há tempos que ensinar era uma arte. Aprendi que ensinando era possível aprender algo de que não sabia ainda ao certo o que e como era. Depois aprendi que ensinar também era ciência. Aprendi algum tempo depois, inclusive, que exemplos ensinam mais que palavras. Aprendi depois de deveria ensinar aos outros a aprender. Mais adiante um pouco aprendi que ensinando eu poderia educar. Depois aprendi que educar é obra coletiva. Mais um pouco pra frente aprendi que ninguém educa ninguém, pois os humanos se educam em comunhão. De tudo isso ficou que tudo que aprendi sobre ensinar e aprender, sobre educar e ser educado tinha tudo a ver com uma coisa chamada experiência. Aprendi portanto, com a minha experiência, que não sabia de muita coisa e que precisaria sempre aprender mais. Tempos depois aprendi que era preciso, que era salutar, que era saudável reconhecer que não sabia e assim abriria as portar do meu aprender. Comecei a ser professor por obra conjunta do acaso e da necessidade. Perguntado hoje se eu mudaria o rumo de minha vida, tendo a opção improvável de poder fazê-lo, eu diria que não. Deixa a vida me levar... vida leva eu... O que começou por obra conjunta do acaso e da necessidade transformou-se em instrumento de edificação de um ser, de caminho para algo próximo da felicidade. É isso mesmo: sou muito feliz com as escolhas que fiz e com a profissão que exerço, para além da remuneração que recebo e que considero, se não ideal, ao menos digna. Consigo dedicar meia hora, uma hora do meu tempo a pensar uma aula e passar 5, 10 ou mais minutos do tempo de aula esquecido do tempo até que o próximo professor bata à porta, ou que algum (a) aluno (a) diga como um terapeuta: seu tempo acabou! Que coisa! Descobri depois de tanto tempo que continuo aprendendo com meus alunos e que muitos podem saber bem mais que eu de umas tantas coisas. Reconhecer isso é mais que prazeroso. Ser professor, como disse Rubem Alves, é ser eternizado nos olhos dos outros. Saber que os profissionais todos somente o são porque estiveram alguns tantos anos de suas vidas com gente como eu, aprendendo... Quer saber de uma coisa? Gosto disso! E pronto!

5 de outubro de 2009

SAUDADES DE MERCEDES SOSA

A voz cortante que nem faca... Milton Nascimento, Pablo Milanes... anos 70-80... luta popular contra as ditaduras na América Latina... são registros que em muito se aproximam na trajetória musical desta que foi (e continuará sendo) trilha sonora obrigatória na vida de tantos quanto acreditam na mudança do mundo e numa sociedade justa. Deixo esta lembrança pra vocês. Um registro emocionante que recebi há poucos dias do amigo-camarada Chico Alves e que nos fez chorar a mim e a Benjamim, lutadores e sonhadores que somos.

A SEMANA COMEÇOU ONTEM

Nunca consegui entender bem como se deu a transformação do início da semana no final de semana. Quem souber ou tiver tempo de pesquisar que me ajude. Em todos os países que adotam o calendário gregoriano, independente da nomenclatura, a semana começa no DOMINGO. Quer dizer, formalmente. Não tenho informação se em algum lugar o trabalho, as coisas ligadas às formas de sobrevivência material, têm a mesma relação que em nosso lado ocidental aqui da América do Sul. Independente de qualquer coisa, fica o registro do meu desconhecimento. Se a semana começa de fato na segunda, por que este dia é "segundo" e não "primeiro"? Com a palavra, o (a) leitor (a)!

3 de outubro de 2009

POR FALTA DE JEITO PRA DIZER OUTRA COISA

Quem nunca escreveu versos de amor? Quem nunca escreveu cartas de amor? Não sei se isso ficou demais demodê, pois não me dou muita conta do passar do tempo. De minha parte posso dizer que não me arrependo de nenhum verso escrito, nenhum dor sentida, nenhuma mágoa chorada, nenhum gozo espalhado... tudo é vida. Versos do poeta Ronaldo Cunha Lima. NÃO MALDIGO OS VERSOS QUE LHE FIZ "Não maldigo os versos que lhe fiz, embora não devesse tê-los feito. São versos que nasceram do meu peito, mas frutos de um amor muito infeliz. São versos que guardam o que não quis guardar daquele nosso amor desfeito. Relendo-os sofro, e sofrendo aceito o que o destino quis como juiz. Não os maldigo, não. Não os maldigo. Vou guardá-los em mim como castigo, para no amor eu escolher direito. Só porque nesse amor não fui feliz, não maldigo os versos que lhe fiz, embora não devesse tê-los feito."