21 de fevereiro de 2006

Prazer imenso sua visita.

Sorrir pro mundo é a melhor forma de receber sorrisos do mundo.

Criei coragem e resolvi publicar minhas impressões sobre a vida e as coisas de forma mais freqüente.

Sempre que você me fizer uma visita virtual e quiser deixar um recado, um comentário, prometo responder tão logo possa.

É isso aí!

Considero-me um cangaceiro cultural. Um quase peixe-fora-d'água que às vezes acredita ter nascido uns 20 anos atrasado.

No mais, considero-me quase normal, assim como alguém que escreve coisas, planta idéias, semeia palavras, compõe canções e, quando deixam, canta!

Algumas coisas me incomodam profundamente em meu país, principalmente quanto ao uso que a máquina do entretenimento tenta fazer de nossas vontades.

Vivemos num país onde o que a mídia diz que é forró não é forró! Todo o generoso espaço (pago, diga-se!) da mídia radiofônica e até da TV é utilizado para dizer que "aquilo" é forró, quando na verdade é apenas uma mistura mal mexida de carimbó, lambada e merengue, com um tecladista metido a sanfoneiro (que nem sabe usar os baixos da sanfona, pois a mão esquerda está sempre parada, apenas abrindo e fechando o fole!).

O que dizem que é sertanejo não é sertanejo! A música que caracterizaram como sertaneja, daquilo tem apenas uma dupla de cantores fazendo uma primeira voz e uma terça (que dizem que é segunda!). Tirando o sotaque de alguns, nada tem de fato que possua vínculo real com a cultura sertaneja, interiorana do Brasil Central e Sudestino.

O que propagam como pagode não é pagode! Não é samba, não é partido alto... é o que? Uma mistura indigesta de samba canção com ritmo eletrônico programado em teclados de baixa categoria nos anos 80, meia dúzia de rapazes tentando dançar, trôpegos, e apenas um cantando.

O que dizem ser uma novidade (como o calypso, ai!) não passa de lambada e/ou carimbó mal arranjado, travestido e cantado com gemidos e sussuros supostamente eróticos!

Isso tudo incomoda? Claro! Ou você escuta e se incomoda ou desenvolve um mecanismo psicológico de abstração, uma espécie de "fuga" de si mesmo, do "lugar" onde se está para evitar o inevitável estupro auditivo que os potentes carros equipados (verdadeiras boates de otário!) obrigam você a ouvir a toda hora pela cidade. Nos finais de semana o assédio piora!

É barra!

Agüentar isso sem reclamar? Eu?

Este blog foi criado para ser uma espécie de confessionário moderno. Você pode me ajudar a fazê-lo.

Escreva, comente, participe!

Tá valendo!

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